Sindiquímicos pede comprometimento do governo para readequação de um sistema justo para o cálculo das aposentadorias
Em 24 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional do Aposentado – a data foi escolhida porque nesse mesmo dia, em 1923, ocorreu a assinatura da Lei Eloy Chaves, criando, na época, a caixa de aposentadorias e pensões para os empregados de todas as empresas ferroviárias. É o marco histórico da Previdência Social, que neste dia comemora os 90 anos de sua criação. Até então atendia apenas os funcionários do governo federal. Após a promulgação desta lei, outras empresas foram beneficiadas e seus empregados passaram a ser socialmente protegidos. Atualmente, Eloy Chaves é considerado o patrono da Previdência Social do Brasil, que hoje paga benefícios a 29 milhões de pessoas, chegando a 100 milhões de brasileiros contando mais 2,5 pessoas na família do aposentado segundo o IBGE. “Em meio a acirrada discussão da extinção ou não do Fator Previdenciário, que comprovadamente já demonstrou apresentar perdas aos contribuintes que são penalizados pelos critérios de idade e de expectativa de vida ou até mesmo da adoção de outros sistemas de cálculos previdenciários, o dia 24 de janeiro é uma data que serve de reflexão aos aposentados e aos trabalhadores que estão em via de aposentadoria”, o alerta é de Antonio Cortez Morais, vice-presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos e diretor de assuntos previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ e da Força Sindical. Ainda segundo Cortez o assunto merece uma dedicação maior por parte do governo que precisa assegurar que a aposentadoria represente um ganho real para o segurado que contribuiu para o crescimento do país e que como contrapartida sonha com dias de descanso, ganhos que assegurem seus gastos com convênio médico, manutenção de sua casa – alimentação, vestuário, lazer e medicação, entre outros. “Infelizmente, existem algumas perdas e o aposentado passa a viver uma nova realidade que chega a ser conflitante, como a falta do convênio médico, o salário de empregado, falta de convivência social que até então mantinha com os amigos do trabalho. Ele passa a viver uma nova forma de reorganizar a vida e isso traz impactos que podem ser frustrantes, somando-se a isso, as perdas salarias do benefício que ele tem após estes 30 ou mais anos de contribuição (30 anos para mulheres e 35 para homens) são injustas”, relaciona Cortez. Na opinião de Luiz Carlos Concilho, diretor do departamento de Aposentados e Pensionistas do Sindiquímicos, o aposentado precisa ter a garantia de que irá desfrutar de qualidade de vida. “Assegurar a qualidade de vida é motivar o aposentado a prosseguir seu projeto de vida para os próximos anos, com planejamento junto a sua família, para sua saúde, passeios, convivência familiar e social, boa alimentação, uma infinidade de possibilidades que o façam seguir com a vida plena. O aumento da expectativa de vida tem que vir com garantias que possibilitem o bem-estar do aposentado”, diz. Os diretores do Sindiquímicos, Cortez e Concilho concordam que a preparação da aposentadoria deve ser iniciada desde cedo. “Com o olhar no futuro, o trabalhador deve cuidar de sua saúde, propor uma programação familiar de aposentadoria, se programar para o dia da aposentadoria inclusive se resguardando financeiramente com fundo de pensão, renda complementar de um imóvel”, aconselham. E com olhar neste futuro também para os aposentados, os diretores do Sindiquímicos reafirmam o compromisso do movimento sindical em lutar incansavelmente para a adoção de um sistema justo e que não represente perdas e para a ampliação e melhoria das conquistas. A diretoria do Sindiquímicos parabeniza, especialmente, cada aposentado associado e organizado em sua entidade de base (Associação, Sindicato, Federação e Confederação ) de todo o país, pelo espírito coletivo de continuar lutando, unidos em defesa dos direitos.
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