A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro defende o fim do auxílio emergencial mas se prepara para um possível retorno do benefício, caso a pressão política se torne insustentável. A ideia é formatar uma ajuda de R$ 200 por três meses, limitando o impacto fiscal em um cenário considerado extremamente apertado, com uma redução significativa do número de beneficiários.
Segundo o Valor Econômico, ela poderá ser adotada por meio de crédito extraordinário, ou seja, fora do teto de gastos da União, desde que o Congresso aceite aprovar a desindexação dos gastos da União, adotando um congelamento nominal generalizado de despesas, e dos gastos dos Estados, proibindo reajustes a servidores. As mudanças seriam feitas no âmbito da PEC Emergencial.
Com a aprovação dessas medidas, o governo conseguiria mitigar parte do custo fiscal de uma eventual adoção do auxílio, que teria impacto de no mínimo R$ 7 bilhões por mês. Alguns técnicos, no entanto, acreditam ser improvável que o custo seja menor que R$ 10 bilhões mensais.
Outras hipóteses para uma renovação do auxílio também estão prontas desde dezembro por parte dos técnicos. Além disso, há risco de o Congresso querer mudar os termos de uma eventual proposta a ser encaminhada pelo Palácio do Planalto, como fez quando aprovou o benefício no início da pandemia – a proposta inicial do governo era de R$ 200, e não R$ 600.
(Com informações do Valor Econômico)
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