A Campanha contra a Influenza iniciou nesta segunda-feira, dia 15, e vai até o dia 26, sendo o dia D de mobilização o sábado do dia 20. Ou seja, nesse dia todos os postos de vacinação da rede pública e postos volantes estarão oferecendo a vacina. O grupo elegível deste ano é composto por crianças de seis meses a menores de dois anos; gestantes (independentes da idade gestacional); mulheres com até 45 dias de resguardo (sendo que essa mulher precisa levar algum comprovante do hospital ou certidão de nascimento da criança); idosos acima de 60 anos; população indígena, trabalhadores de saúde que atuam em serviços de referência para Influenza. Este ano temos uma novidade. As pessoas portadoras de doenças crônicas também poderão vacinar durante a campanha. São aqueles portadores de doenças respiratórias, cardíacas, renais crônicas, hepáticas, neurológicas, diabéticas, imunodeprimidas, obesas e transplantadas. Logo após a campanha, estaremos vacinando também a população carcerária.

Qual o pré-requisito para que os doentes crônicos recebam a vacina?
Clécia Menezes – As pessoas portadoras de doenças crônicas precisam levar uma prescrição médica indicando a necessidade da vacina. Só serão vacinadas pessoas que levarem esse documento comprovando a doença.

Qual a meta da cobertura vacinal a ser atingida em Goiás?
Clécia Menezes – A meta é vacinar 80% do grupo elegível, o que equivale a 1,101 milhão de pessoas. Para isso, o Estado recebeu 1,206 milhão doses para vacinação. Durante a semana, teremos a vacina disponibilizada nos postos fixos. E no dia D, serão 854 postos fixos e 1,5 mil postos volantes a oferecerem a vacina em todo o Estado.

A dose deste ano protege contra quais vírus?
Clécia Menezes– Essa vacina é trivalente, protegendo contra três tipos de vírus (Influenza A, Influenza H1N1 e Influenza B). A contraindicação é muito rara, somente pessoas que já tomaram e tiveram algum tipo de reação alérgica. No geral é uma vacina segura, composta de vírus lacerados (vírus mortos), em hipótese alguma ela provoca a doença. Há o mito de que após a vacina a pessoa desenvolve a gripe. No entanto, o que acontece é que anteriormente o vírus da gripe já esteja encubado e se manifestar conjuntamente na época da vacinação. Pessoas com sensibilidade à proteína do ovo também precisam verificar o nível de intolerância antes de tomarem a dose.

Como foi o desempenho de Goiás no ano passado?
Clécia Menezes – Ano passado Goiás alcançou a cobertura vacinal de 94,47%. Conseguimos ultrapassar a cobertura de 80% em todos os grupos. Porém, esse ano temos que trabalhar mais para melhorarmos os índices, pois não obtivemos uma homogeneidade em todas as regiões. Tivemos municípios que não alcançaram a cobertura e estamos trabalhando com foco nesses municípios para atingirmos uma boa cobertura vacinal.

Pessoas sem a caderneta de vacinação poderão tomar a vacina?
Clécia Menezes – O ideal é que a pessoa leve a caderneta de vacinação, até mesmo para não ficar repetindo vacinas. No entanto não será um impedimento para quem não souber onde ela está. É preciso apresentar um documento pessoal na hora da vacina.   

Por Goiás Agora