264 postos de trabalho foram fechados em julho na cidade

A pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada sexta-feira (21) não é nada animadora. O número de desligamentos de trabalhadores com carteira assinada cresceu 24,66% em Catalão. De acordo com o estudo, em julho, foram gerados 848 empregos ao passo que 1.112 pessoas foram desligadas de suas funções. 

Em comparação com o mês de junho, quando foram criadas 940 vagas, é uma redução de 9,78%. Outro número preocupante é em relação ao fechamento de postos de trabalho. De janeiro a maio, haviam sido 268, que, somados aos 264 do mês de junho, totalizam 532 vagas de emprego que foram encerradas em Catalão. Significa concluir que, em apenas um mês, fechou-se quase metade dos postos de trabalho cortados em todo o semestre. 

Há que se considerar que as 179 demissões feitas pela fábrica da Mitsubishi instalada no município já estão nesses dados, tendo em vista que foram homologadas na segunda quinzena de julho. Ao se destrinchar os dados do Caged, é possível comprovar a influência das demissões da montadora nos números em análise: no setor de indústria de transformação, 352 pessoas foram demitidas e 138, admitidas, um saldo negativo de 214 empregos. Portanto, 81% dos postos de trabalho cortados em Catalão foram nesse setor. O número poderia ser ainda pior caso a Mitsubishi não houvesse entrado em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Catalão (Simecat), o que impediu que fossem desligados, no total, 403 colaboradores. 

Dados nacionais – O mês de julho foi ruim não apenas para Catalão, mas para o Brasil, onde foram fechadas 157.905 vagas, o pior resultado para o mês desde 1992. Isso representa um decréscimo de 0,39% no total do estoque de empregos, em comparação com junho, quando o país havia fechado 111.199 vagas de trabalho com carteira assinada.