A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório, nesta quarta-feira (2/6), que aponta que 220 milhões de pessoas permanecerão desempregadas em todo o mundo em 2021.

A expectativa é de que, no ano que vem, o mercado de trabalho apresente alguma melhora, mas em um ritmo ainda lento. A previsão é de que 205 milhões de pessoas ainda sigam desempregadas. Antes da pandemia, esse número era de 187 milhões.

Na segunda metade deste ano, o mercado já vai começar a acelerar, de acordo com a OIT, mas a desigualdade será uma das principais características dessa retomada, uma vez que países mais pobres têm mais dificuldade de obter as vacinas contra a Covid-19.

“Estima-se que a recuperação global do emprego acelere na segunda metade de 2021, desde que não haja um agravamento da situação geral de pandemia. No entanto, isso será desigual, devido ao acesso desigual às vacinas e à capacidade limitada da maioria das economias em desenvolvimento e emergentes de apoiar fortes medidas de estímulo fiscal”, informou a entidade no relatório Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo: Tendências 2021.

A OIT ainda diz que cerca de 108 milhões de pessoas a mais passaram a viver na pobreza ou na extrema pobreza no último ano, devido ao aumento do desemprego. Na prática, isso significa que esses trabalhadores vivem com menos de US$ 3,20 (R$ 16,50) por pessoa por dia.

Mulheres

A organização identificou que o grupo mais atingido pela falta de trabalho foram as mulheres. Em 2020, a retração do emprego feminino foi de 5%. Enquanto para homens foi de 3,9%.

No recorte por idade, os jovens foram os mais afetados. A queda foi de 8,7%, enquanto para os adultos foi de 3,7%.

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