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Estresse, mal de quem trabalha

Sete de cada dez trabalhadores sofrem com problema, que chama cada vez mais a atenção dos especialistas

A correria diária, o tumulto no trânsito, a competitividade, a cobrança por desempenho e por produtividade. Os itens que marcam a vida moderna têm causado um problema de natureza grave, que afeta a alma e desencadeia doenças para o corpo. Pesquisas realizadas por profissionais da área de saúde mental revelam que sete em cada dez trabalhadores vivem em situação de estresse. São gerentes, policiais militares, motoristas do transporte coletivo, servidores públicos, funcionários de agências bancárias, entre tantos outros trabalhadores que apresentam o problema devido a uma série de fatores, principalmente pela sobrecarga diária.

Essa questão foi discutida ontem, no 5º Congresso Internacional sobre Saúde Mental no Trabalho, evento que está sendo realizado no auditório da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) e que prossegue até amanhã. Promovido pelo Fórum de Saúde e Segurança no Trabalho do Estado de Goiás, Asmego, Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego, o congresso visa discutir a doença mental no trabalho, desde a patologia, diagnóstico e os fatores que a desencadeiam.

ASSÉDIOS

O procurador do Trabalho Antonio Carlos Cavalcante Rodrigues antecipa que durante o evento também serão discutidas questões delicadas como assédio moral e assédio sexual no trabalho, abusos na direção da empresa que levam ao adoecimento, depressão e fatores que levam ao suicídio.

Na tarde de ontem, o psicólogo Luciano Zille Pereira, mestre e doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais, proferiu a palestra sobre Estresse no Trabalho e os Reflexos na Função Gerencial. Estudioso do assunto há cerca de dez anos, Luciano Zille acentuou que o estresse se manifesta de maneira mais grave em aproximadamente 20% dos trabalhadores, nas formas intensa e muito intensa.
Luciano Zille acentua que o estresse é motivado pelo modelo de produção do novo capitalismo, fundamentado no cumprimento de metas que nem sempre os trabalhadores conseguem executar. Associado a esta questão, o pesquisador aponta o despreparo dos gestores como fator que impulsiona o estresse nas pessoas a eles subordinadas.

Luciano Zille citou como exemplo casos de profissionais eminentemente técnicos, mas sem formação gerencial. Tais profissionais, prossegue Luciano zille, não raro utilizam mecanismos de controle que desestabilizam a equipe de trabalho. “O estresse causa desequilíbrio porque nem sempre a estrutura psíquica do indivíduo suporta a sobrecarca que lhe é imposta diariamenteâ€, afirmou.

DOENÇAS

Quando se torna crônico, acrescenta Luciano Zille, o estresse pode desencadear problemas graves, entre os quais doenças cardíacas, mentais, autoimunes, alergias e até mesmo alguns tipos de câncer. “O estresse é um gatilho que desencadeia outras situaçõesâ€, destaca. Ele aponta a necessidade de se tratar a causa do problema e não apenas os sintomas.

Ao apresentar o tema A Perícia Médica para Avaliação dos Fatores Psicossociais na Saúde dos Trabalhadores, o médico psiquiatra Marcelo Caixeta apontou a necessidade de as empresas terem serviço médico capaz de detectar, ainda na contratação, as pessoas que têm predisposição em desenvolver o estresse em determinadas situações. “As empresas devem ter uma equipe altamente especializada, capaz de identificar que tipo de função o empregado tem condição de desenvolver e os fatores que podem levá-lo a apresentar estresseâ€, acentua.

Além disso, Marcelo Caixeta destacou como imprescindível a existência, nas grandes empresas, de serviço psiquiátrico que tenha condição de fazer a detecção precoce do estresse vivido pelo funcionário. “Em um período prolongado o estresse pode atingir um estágio de gravidade que não se recupera mais.â€

Hoje pela manhã estão previstas palestras sobre Trabalho Digno: Qualidade de Vida no Trabalho e sua Correlação com os Fatores Psicossociais; Saúde e Bem-Estar no Trabalho: Da Perspectiva Materialista à Perspectiva Psicossocial.

Por Maria José Silva - O Popular

 



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