Os números da balança comercial goiana revelam um cenário animador para 2013. As exportações atingiram US$ 7.135.690.058 em 2012, representando superávit (saldo sobre as importações) de US$ 2.011.088.943. Na comparação com 2011, o volume total de exportações saltou 27,3%. Os principais produtos da pauta foram a soja, carne e minérios como sulfeto de cobre e ferroligas.
Os dados oficiais foram apresentados dia 11 pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC). Apesar do cenário de crise econômica instalado na Europa, Goiás se destaca pela forte vocação agroindustrial e também se beneficiou no último ano sobre a queda da produção de milho nos Estados Unidos. Em função disso, as exportações do alimento cresceram 188%.
De acordo com a secretária de Indústria e Comércio em exercÃcio, Andrea Vecci (foto), apesar de o governo incentivar por meio de polÃticas a competitividade de outros segmentos como os polos farmacêutico e automobilÃstico, é preciso reconhecer o potencial do agronegócio para os bons resultados.“ A vocação econômica de um Estado não pode ser a nossa única atividade, mas deve ser preservada e o Governo de Goiás tem trabalhado para estimular a competitividade. Os dados da exportação mostram que a agroindústria está trazendo os números positivos. O que ocorreu com o milho mostrou que conseguimos produzir e exportar em um momento que não tinha planejamento para issoâ€, avalia.
Os principais destinos foram a China, com US$ 1,727 bilhão (24,2%), Holanda US$ 607,5 milhões (8,5%), Rússia US$ 496 milhões (6,95%) e Ãndia US$ 383,3 milhões (5,4%). A China, Rússia e Ãndia, são paÃses que compõem o Brics, não enfrentam crise e importam muito alimento, sobretudo carne processada. Também faz parte do ranking a Holanda, que distribui para o resto da Europa. “Nosso perfil são paÃses emergentes que estão fora do turbilhão desta crise econômica internacionalâ€, acrescenta.
Para 2013, a estimativa é de que a China passe a importar mais alimentos, elevando o Ãndice de exportações goianas de 27% de 2012-2012 para 30% em 2013 sobre 2012. A secretária ressalta a importância das missões internacionais para abertura e o estreitamento de negócios com novos mercados. “As missões internacionais são fundamentais. As nossas exportações para a Ãndia cresceram muito nos últimos cinco anos, que data principalmente da primeira missão de Goiás para lá. Para a Rússia foram três missões nos últimos sete anos. Isso mostra que essa relação diplomática é o que traz a possibilidade de comércio. Primeiro inicia a conversa entre governos para depois dar estabilidade para os empresários contrataremâ€, pontua.
Importações – Já as importações decresceram de US$ 5.728.429.088 em 2011 para US$ 5.124.601.115 em 2012. O recuo foi de 10,54%, motivado pela retração na produção industrial brasileira. Com base nas estatÃsticas, conforme a secretária, o perfil das importações aponta que a economia goiana está saudável porque os produtos são preponderantemente utilizados pela indústria para fabricação, como insumos para medicamentos, peças para o segmento automobilÃstico e adubos e fertilizantes para a agricultura. E a previsão para 2013 é de uma maior importação de peças, uma vez que serão instaladas duas novas plantas de expansão do setor de automóveis no território goiano.
Incentivo a pequenos empresários – A SIC pretende também, por meio de dois projetos, alavancar a participação de pequenos e médios empresários que são o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX) e o Projeto Primeira Exportação, ambos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desenvolvidos em parceria com os estados. “Tem muita exportação feita pelos Correios, mas não temos esses números consolidados. Esse trabalho de formiguinha da SIC de incentivar e dar autonomia tem trazido resultados, mas será sentido a longo prazo. São workshops, contratações de consultores que trabalham em grupo com as pequenas e médias empresas para capacitá-los a exportaremâ€, finaliza.
Por Goiás Agora
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