Empresas goianas venderam 22,2% mais que no mesmo período do ano passado
O bom desempenho da produção agropecuária de Goiás fez com que o Estado batesse recorde em suas exportações para um mês de abril, que alcançaram US$ 364,1 milhões, um crescimento de 22,2% sobre o mesmo período de 2012. Com isso, Goiás teve um saldo positivo de quase US$ 220 milhões em sua balança comercial, enquanto o Brasil registrou um saldo negativo de US$ 1 bilhão em abril.
Nos quatro primeiros meses do ano, Goiás já exportou US$ 2,06 bilhões. O resultado ajudou o País a reduzir o déficit de sua balança comercial. O complexo soja respondeu por 52,4% das exportações goianas em abril, seguido pelas carnes (bovina, aves e suínas), 20%.
O maior comprador dos produtos goianos foi a China, com 43,16% de tudo que Goiás exportou em abril. O país comprou mais carnes, soja, glicerol em bruto, sulfeto de cobre, couros e ferronióbio. Outros países que compraram muitos produtos goianos em abril foram a Holanda, Rússia, Índia e Bulgária.
ALIMENTOS
Em abril deste ano, Goiás participou com 3,35% das exportações brasileiras, contra 2,89% no mesmo período de 2012. Para o secretário da Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Baldy, o bom desempenho reflete o momento positivo da economia goiana. “A grande preocupação atual do mundo é com a produção de alimentos e nós estamos nos sobressaindo.”
Enquanto Goiás e o Brasil colhem uma safra recorde, os EUA ainda vivem uma fase de recomposição de seus estoques, depois da grande uma quebra da safra em 2012. “Nosso desempenho só não foi melhor ainda por causa dos problemas para o embarque da safra exportada pelos portos brasileiros”, lembrou o secretário. Ele informa que a China chegou a suspender a compra de 20 milhões de toneladas de grãos do Brasil.
Alexandre Baldy lembra que este é um momento de aproveitar as oportunidades. Por isso, participou do 3º Encontro Anual de Investimentos, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, que reuniu representantes de oito países e de 15 Estados brasileiros, liderados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O objetivo foi apresentar as potencialidades e as oportunidades de investimento em Goiás, em áreas como infraestrutura. Entre as obras apresentadas aos árabes estão o Aeroporto de Cargas de Anápolis e a plataforma logística do município. “São obras importantes para que o Estado possa derrubar a barreira do alto custo com transportes”, diz Baldy. Estes fundos árabes, segundo o secretário, teriam cerca de US$ 5 trilhões para investir e demonstram grande interesse pelo País.
É crescente o interesse do mundo pelos grãos brasileiros. Os chineses preferem comprar grãos in natura para processá-los em seu país, garantindo geração de empregos. Mas o secretário ressalta que Goiás continua preocupado em agregar mais valor às suas exportações. Para isso, acredita na necessidade de uma maior negociação comercial por parte da diplomacia brasileira. “Precisamos ser mais arrojados e mais ousados em nossa diplomacia, numa negociação que melhor qualifique nossas exportações, visando agregar mais valor ao que é vendido”, explica Baldy.
IMPORTAÇÕES
Em abril, Goiás importou US$ 470,1 milhões, um crescimento de 9,7% sobre o mesmo período de 2012. Os produtos mais importados pelo Estado foram automóveis, tratores e suas partes e acessórios, com 32,27% do total, seguidos pelos produtos farmacêuticos, que responderam por 22,7% .
Esses produtos foram comprados, principalmente, da Coreia do Sul, Alemanha, Japão, EUA e Tailândia. Os resultados sinalizam um crescimento da produção nas indústrias goianas de automóveis, como a Hyundai, de Anápolis, e Mitsubishi, de Catalão. Já a importação de produtos farmacêuticos é justificada pela força do polo farmacêutico de Goiás, cujas indústrias têm elevado sua capacidade de produção.
Por Lúcia Monteiro - O Popular
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