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08/08/2014 | Notícias
Foco das eleições se volta para as centrais sindicais
Aécio e Dilma pedem votos ao lado da Força Sindical e da CUT, respectivamente. Eduardo Campos, por sua vez, apresentará o programa de governo aos trabalhadores na semana que vem

Depois do tête-à-tête com o capital (Confederação Nacional da Indústria e Confederação Nacional da Agricultura), chegou a hora da caminhada ao lado do trabalho. A presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves (MG), abriram espaço ontem para agendas com as duas maiores centrais sindicais: CUT e Força Sindical. Mais do que atos de campanha, ambos estão de olho em um universo que envolve 8,1 milhões de trabalhadores espalhados em 10 mil sindicatos e que movimentou, até junho deste ano, R$ 162 milhões em cinco das seis maiores centrais do país.

Neste seleto grupo, CUT, Força Sindical e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) escolheram um lado, embora em algumas delas haja dissidências. A CUT defendeu, em plenário, a reeleição de Dilma. A Força Sindical declarou apoio ao tucano Aécio Neves (PSDB) e a CGTB está ao lado de Eduardo Campos (PSB).

Apesar das divergências, a pauta das centrais é praticamente coincidente e reforça-se diante de um cenário de economia com crescimento fraco e inflação batendo o teto da meta: manutenção da política de reajuste do salário mínimo; ganhos salariais reais acima da inflação; redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; cuidados para que os debates sobre terceirização não precarizem as relações trabalhistas e duas convenções internacionais sobre o setor.

Embora a proximidade clássica com o PT, o movimento sindical viveu momentos de distúrbio nas relações durante o mandato de Dilma. Além das diferenças nítidas no trato pessoal, se comparada à postura do ex-presidente Lula, a pauta de reivindicações não foi totalmente atendida, especialmente no tocante aos reajustes para o funcionalismo público. “Sabemos que alguns pontos de nossa pauta não foram atendidos. Mas a presidente jamais se recusou a nos receber”, defendeu o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Ontem, pela segunda vez em uma semana, a petista compareceu a um evento da maior central brasileira, que contou com a presença de outras entidades sindicais que declararam apoio à reeleição da presidente. “Não fui eleita em 2010 para arrochar salário, desempregar e tirar direito do trabalhador. Não vim pra isso. Tenho um lado. Meu lado é o do trabalhador, das trabalhadoras”, relembrando que, enquanto a crise internacional provocou o desemprego, o governo petista abriu 11,5 mil postos de trabalho. E completou: “Valorização do salário, emprego e direitos trabalhistas são os 3 pilares desse governo”.

CampanhaPela manhã, pouco depois do raiar do dia, o tucano Aécio Neves, ao lado do presidente do Solidariedade (SDD) e ex-presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho, fez campanha em frente da porta da fábrica de máquinas e equipamentos Voith, no bairro do Jaraguá, Zona Norte da capital paulista. E provocou a presidente, que se encontrou no início da noite com outros sindicalistas, inclusive integrantes da Força Sindical. “Recomendo que a presidente vá para a rua fazer campanha e perceber qual é sentimento do brasileiro hoje”, disse Aécio.
Paulinho afirmou que Aécio não teme o contato com as pessoas. “Estamos aqui para mostrar que o Aécio vem para a rua porque tem a cara limpa e não tem medo de olhar no olho do trabalhador, enquanto ela faz campanha em ambientes fechados”, criticou o deputado-sindicalista.

Coordenador-adjunto de mobilização da campanha de Eduardo Campos, Pedro Ivo Batista admite que a CGTB está apoiando o socialista, mas disse que a intenção é “ouvir as demandas das centrais”, mas conversar individualmente sobre apoios junto aos sindicalistas. “No nosso projeto, as centrais devem ter independência de governos”, defendeu Pedro Ivo. Na semana que vem, os socialistas apresentarão o programa de governo e um dos itens que será mostrado são as propostas de Eduardo e Marina Silva para os trabalhadores.

Pedro Ivo criticou o atual modelo de coalizão governista, no qual os apoios são trocados por cargos no Executivo, algo que aconteceu inclusive em relação às centrais sindicais. Ele negou que essa “independência” em relação às instituições sindicais tenha sido traumática para o PSB. “Foi uma construção conjunta entre Eduardo e Marina”, completou.
IbopePesquisa Ibope divulgada ontem mostrou um quadro de estabilidade na corrida presidencial em primeiro turno. No segundo turno, contudo, o candidato do PSDB, Aécio Neves, teve um aumento nos índices de intenção de voto e tornou mais acirrada a disputa com Dilma Rousseff (PT). Em relação à pesquisa anterior, Dilma passou de 41% para 42%, dentro da margem de erro, enquanto o tucano subiu de 32% para 36%. Na comparação com Eduardo Campos (PSB), Dilma saltou de 41% para 44% e o socialista, de 29% para 32%.

Principais demandas

Confira o que o movimento sindical pede aos presidenciáveis

» Manutenção da política de reajuste do salário mínimo
» Garantia de uma política de ganhos salariais reais acima da inflação
» Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário
» Compromisso de que o debate sobre terceirização não vai precarizar as relações trabalhistas
» Regulamentação de duas convenções da OIT: a 151, que prevê o direito de sindicalização e as relações de trabalho na administração pública, e a 158, que impede as demissões sem justa causa

Número de trabalhadores sindicalizados
8,1 milhões em 10,2 mil sindicatos

As seis maiores centrais sindicais
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Filiados: 2,79 milhões

Força Sindical
Filiados: 1,02 milhão

União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Filiados: 967,4 mil

Central dos Trabalhadorese Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Filiados: 756,9 mil

Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
Filiados: 650,2 mil

Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
Filiados: 231,7 mil

Por Paulo de Tarso Lyra - Correio Braziliense

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