A GM abre hoje o segundo PDV (Programa de Demissões Voluntárias) na unidade de São Caetano em pouco mais de um mês. O prazo para inscrições dos empregados horistas vai até o dia 24. A empresa justifica que a medida tem como objetivo “adequar a produção à atual demanda do mercado”. A montadora não informou se há número esperado de inscritos e também não divulgou oficialmente os termos da adesão, como benefícios e condições para participação.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes, será pago aos voluntários valor que pode chegar a até sete salários nominais, dependendo do tempo de empresa. Ou seja, se o funcionário ganha R$ 3.000, poderá receber até R$ 21 mil. Não será repetido o pacote lançado no último PDV, em fevereiro, quando foi oferecido, além dos salários adicionais, um carro Prisma para pessoas com restrição médica por doença de trabalho e com estabilidade de emprego. Mesmo assim, o programa teve apenas 40 adesões. “Acredito que, pelo fato de as condições serem menos atrativas, o número de inscrições deve ser ainda menor”, analisa o sindicalista. Apesar de a entidade se dizer contrária ao PDV, não está prevista a realização de manifestações contra a decisão anunciada pela fabricante. Além das demissões, a planta de São Caetano está com cerca de 950 empregados afastados até abril em razão de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho).
MERCEDES - Nesta semana, a Mercedes-Benz também abriu PDV para a unidade de São Bernardo, localizada no bairro Pauliceia. Os participantes do programa, que poderão se inscrever até o dia 31, receberão valor fixo de R$ 28,5 mil. Caso um dos 715 metalúrgicos em lay-off opte pela demissão voluntária, receberá mais R$ 6.500. O valor referente a aviso prévio poderá chegar à quantia equivalente a 90 dias de trabalho, dependendo do tempo de permanência.
A montadora informa que, além dos operários com contratos suspensos, cerca de 1.200 estão como excedente ao efetivo necessário para a produção no município. A unidade produz ônibus, caminhões, motores, câmbios e eixos.
Por Diário do Grande ABC Fonte: Força Sindical
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