Cortes fazem parte do maior plano de reestruturação desde o pedido de proteção contra falência, em 2009. No Brasil, montadora negocia medidas para voltar a lucrar.
A General Motors começou os cortes de 4 mil funcionários na América do Norte, um processo que deverá demorar cerca de duas semanas e foca em funções administrativas e gerenciais (white-collar, em inglês).
Ele inclui também o fechamento de 5 fábricas nos Estados Unidos e no Canadá e de outras duas fora da região - em local não divulgado - ainda neste ano.
Além dos pagamentos devidos, a empresa diz que ofertará pacotes de compensação aos funcionários demitidos e suporte para busca de novos empregos.
A previsão é de que, até o fim do ano, cerca de 8 mil postos de trabalho sejam fechados, resultando em uma economia de US$ 2,5 bilhões em 2019.
Protesto
No último domingo, um sindicato veiculou um anúncio no intervalo do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano, na TV do Canadá, em protesto contra o fechamento de uma fábrica da montadora no país.
O vídeo lembrava que os canadenses ajudaram a montadora na época da falência, há dez anos, e pedia ainda que as pessoas boicotassem carros da fabricante feitos no México. Segundo o anúncio, as operações da GM naquele país estão crescendo, enquanto a empresa planeja fechar a unidade de Oshawa.
O sindicato já tinha organizado um ato no último dia 11 de janeiro e foi contata por advogados da GM que exigiam que o anúncio na TV não fosse ao ar.
As propostas incluem redução do piso salarial, terceirização e o fim da estabilidade para funcionários que sofreram lesão ocupacional ou acidente de trabalho e foram recebidas com resistência por sindicatos como o do São Caetano, no ABC paulista, São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS), onde a GM tem fábricas. A negociação continua.