Paralisações afetam cerca de 15,2 mil funcionários de 3 fábricas localizadas no estado de São Paulo.
Cerca de 15,2 mil funcionários da Volkswagen e da General Motors (GM) vão ficar afastados das suas funções nos próximos dias, segundo informações de sindicatos locais do ABC, de São Caetano do Sul e de São José dos Campos.
A paralisação mais longa ocorrerá na unidade da GM no ABC paulista, onde cerca de 6 mil trabalhadores da linha de produção deixam as atividades em 25 de fevereiro e voltam apenas em 27 de março. No local são feitos os modelos Cobalt, Spin, Montana e Onix Joy.
Outros 2,2 mil funcionários da montadora norte-americana na planta de São José dos Campos terão férias coletivas entre 13 e 26 de fevereiro, com retorno previsto apenas para 2 de março após o Carnaval. Eles produzem a caminhonete S10, a Trailblazer e motores a diesel.
Já a Volkswagen vai interromper parte da produção em São Bernardo do Campo de 21 de fevereiro a 6 de março. No período, cerca de 7 mil empregados das linhas de montagem de Gol, Jetta e Saveiro ficarão parados.
A Volkswagen afirmou ao G1 que não vai comentar o assunto. A General Motors ainda não respondeu à solicitação de explicações.
Otimismo interrompido?
As paralisações ocorrem depois de um início positivo em 2017. Na última segunda-feira (6), a associação de fabricantes (Anfavea) divulgou alta de 17% na produção nacional de veículos em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Na ocasião, o presidente da entidade, Antonio Megale, afirmou que a alta mostra uma preparação das associadas para um mercado melhor em 2017, embora as vendas tenham registrado queda de 5% no mês.
No final de janeiro, mais de 10 mil trabalhadores do setor automotivo tinham alguma restrição nas atividades, sendo 8.679 no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com jornada e salário reduzidos, e 1.672 trabalhadores em lay-off (suspensão temporária de contrato).
Na terça-feira (8), a GM fechou um acordo para renovar o lay-off de cerca de 750 empregados que estão afastados desde novembro de 2014. Eles retornariam ao trabalho na próxima quinta-feira, mas tiveram a suspensão dos contratos renovada novamente, agora até 19 de abril.