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Goiás atrai cada vez mais estrangeiros para trabalhar

Só de janeiro a maio deste ano foram emitidas 268 carteiras de trabalho para estrangeiros no Estado

Quando a economia europeia começou a dar sinais de uma forte crise, em 2008, o pedreiro português Vitor Manoel de Almeida Moreira resolveu deixar sua terra natal em busca de uma oportunidade no Brasil, que despontava como um país promissor. Vitor Manoel, que já era casado com uma brasileira, também tinha trabalhado na Irlanda, mas a crise europeia mostrava um potencial maior no mercado brasileiro.

Ele veio para Goiás porque a família da esposa era do Tocantins e lembra que precisou trabalhar um tempo por conta própria, até conseguir regularizar toda documentação para ter acesso à carteira de trabalho. Hoje, o pedreiro está empregado numa grande construtora e não pensa mais em voltar para a Europa. “Só quero voltar lá para passear e ver a família”, garante.

Vitor Manoel faz parte de um grupo cada vez maior de estrangeiros que escolheu o Brasil e Goiás para morar e trabalhar. A Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) emitiu 268 Carteiras de Trabalho e Previdência Social para estrangeiros entre 1º de janeiro e 31 de maio deste ano. Como em todo ano passado foram emitidos 463 destes documentos no Estado, a expectativa da SRTE/GO é fechar o ano com cerca de 600 carteiras de trabalho emitidas a estrangeiros.

PRAZO DETERMINADO

A maioria dos trabalhadores estrangeiros que chegam para Goiás são contratados para realizar trabalhos de assistência técnica por um prazo de 90 dias, sem vínculo empregatício. Muitos também vêm na condição de artistas ou desportistas, sem vínculo empregatício, de acordo com o Ministério do Trabalho. A maioria dos estrangeiros tem curso superior completo, ensino médio ou curso técnico profissional.

Desde 2009, o número de autorizações para o trabalho de estrangeiros já chegou a 572, dos quais 144 no ano passado. O superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, explica que nem todos estrangeiros precisam dessa autorização para terem acesso à carteira de trabalho, dispensada em casos como imigrantes vindos de países do Mercosul ou de língua portuguesa.

Para ele, esse movimento é reflexo da realidade internacional. Há algumas décadas, o fluxo era do Brasil para os Estados Unidos ou países europeus. “Com a crise, isso se inverteu”, lembra o superintendente.

O contador Degmar Antônio da Silva, do Escritório Contábil Gomides, que já intermediou a contratação de trabalho temporário para um estrangeiro, diz que a documentação exigida e o tempo de tramites dos processos acabam dificultando a contratação. Apesar disso, Arquivaldo Bites afirma que o Brasil segue o princípio da reciprocidade de outros países. “Brasileiros já sofreram muitas humilhações para entrar em outros países”, lembra.

Por isso, os trâmites dependem muito dos procedimentos adotados no país de origem dos estrangeiros, numa questão mais política. Segundo ele, o governo federal se preocupa em preservar o emprego para os brasileiros. Caso existam indícios de substituição da mão de obra goiana, o Ministério do Trabalho e Emprego pode até solicitar ao Ministério da Justiça o cancelamento do visto e autorização para estrangeiros.

Isso acontecerá, por exemplo, se houver a substituição de trabalhadores brasileiros por mão de obra mais barata como no caso de muitos haitianos que têm chegado ao Brasil. Mas, de acordo com o superintendente, a imigração tem sido importante em alguns setores específicos, que demandam mão de obra com qualificação mais estratégica, que está escassa no Brasil.

EXPERIÊNCIA

A coordenadora de Recursos Humanos de uma grande mineradora instalada no município de Barro Alto, no Centro-Norte do Estado, Yoliana Anzola, é venezuelana e está no Brasil desde fevereiro do ano passado. Ela conta que pediu transferência para o Brasil porque estava em busca de uma experiência de trabalho internacional.

Yoliana garante que foi muito bem recebida pela população de Goianésia, onde mora. Por isso, ela já pensa em estender seu contrato de trabalho no Brasil, que vence em fevereiro de 2014. “A empresa ajudou muito e o povo daqui me fez sentir em casa”, destacou.

Para o superintendente do Trabalho, o profissional estrangeiro tem outro conhecimento e pode trazer informações importantes para o mercado local.

Por Lúcia MOnteiro - O Popular



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