UFG e PUC-GO melhoram posição em ranking elaborado pelo jornal Folha de S. Paulo
![width=558](painel/upload/temp/90899654d52c45f3ae6da596326330a0.jpg) Duas universidades goianas aparecem entre as cem melhores pontuadas no Ranking Universitário Folha 2014 (RUF), divulgado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. A Universidade Federal de Goiás (UFG) aparece com a melhor pontuação dentre as instituições do Estado, na 22ª posição geral, seguida pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), que surge em 94º lugar.
Ambas as universidades goianas mostraram evolução em comparação com o mesmo ranking do ano passado. A UFG, em 2013, ocupava a posição de número 23 na lista, com 62 pontos no total. Neste ano, atingiu a soma de 87 pontos (com o acréscimo do quesito Internacionalização nos critérios de avaliação). Já a PUC-GO saltou 15 posições. Em 2013, ocupava a 109º posição com 26,92 pontos, agora chega aos 43.
Para compor o ranking de universidades, a Folha de S. Paulo, com apoio do Instituto Datafolha, classificou as 192 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, inovação, ensino, mercado e internacionalização (acrescentado neste ano), chegando a cem pontos. A melhor universidade em cada quesito, leva a pontuação máxima e as demais têm a nota calculada a partir dela.
Assim, foram atribuídas notas em cada quesito, avaliando-se o número de pedidos de patentes que a universidade possui ou a proporção de professores com doutorado, por exemplo. Tanto a UFG quanto a PUC-GO se destacaram no quesito Mercado, que avaliou, através de pesquisa pelo Datafolha, com 1.970 responsáveis pela contratação de profissionais, aceitação dessas universidade no mercado. A PUC-GO ficou em 11ª no ranking geral, enquanto a UFG ficou em 16º, com 17,02 e 16,53 pontos respectivamente.
No quesito de Ensino, a UFG fez 24,81 pontos de um total de 32, ficando na 27ª posição. Enquanto em qualidade de pesquisa ficou em 23º, com 35,19, de um total de 42 pontos, ocupando a 23ª posição. Já a PUC-GO ficou em 122º e 131º, respectivamente, com 12 pontos em ambos. Para se ter uma ideia, a Universidade de São Paulo (USP) atingiu 41,29 pontos em qualidade da pesquisa acadêmica, por conta do maior número de artigos científicos publicados. Já no ensino a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fez 31,20 pontos por conta da qualidade de ensino.
De acordo com o RUF, entre as dez primeiras universidades na lista geral, seis estão no Sudeste; três no Sul e uma no Centro-Oeste - a Universidade de Brasília (UnB), que ocupa a oitava posição.
BOA AVALIAÇÃO
O reitor da UFG, Orlando Afonso Valle do Amaral, avalia como importante a composição do ranking para se fazer uma reflexão das universidades no Brasil. O aparecimento da UFG na 22ª posição é considerado resultado favorável, por mostrar evolução diante da avaliação do ano passado. “Se compararmos somente com as universidades públicas, ficamos na 16ª posição geral, o que é bastante importante. A universidade avançou bastante no últimos anos, em termos de pesquisa, e temos muito potencial para avançar”, diz.
Valle diz que esse avanço pode ser medido pelo quadro atual da universidade, que possui mais de 80% de professores mestres e doutores. Associado a isso destaca o número de cursos de pós-graduação que a universidade possui, ultrapassando os cem cursos de mestrado e doutorado. “Podemos melhorar, mas o ranking mostra o que outros índices já mostraram. Os cursos de Ecologia e Geografia atingiram conceito 6 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – o máximo é 7. É importantíssimo estabelecermos excelência e isso se faz com investimento.”
DISTORÇÃO HISTÓRICA
A pró-reitora de graduação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Puc), Sônia Gomes Sousa, também comemora os números. Ela salienta que a boa avaliação da universidade no mercado é reflexo de um trabalho com os estudantes através de estágios - obrigatórios e não-obrigatórios. Com isso, se cria uma bom relacionamento com as empresas e confiança por parte do aluno.
Ela lembra que a interiorização da universidade brasileira é recente. “Pelo ranking é possível perceber uma concentração de excelência na Região Sudeste, o que marca as profundas desigualdades no Brasil”, avalia. “Por outro lado, mostra um mapa passível de transformações e mudanças. A possibilidade de crescimento na Região Central do País é visível. O fato de termos duas universidades entre as cem melhores do País mostra isso”, acredita.
Outras goianas aparecem na lista
Outras duas universidades goianas aparecem no Ranking Universitário Folha, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Universidade de Rio Verde (Fesurv). A UEG também mostrou melhora, subindo da 135ª posição, no ano passado, chegando à 113ª posição. No ranking deste ano, a instituição estadual fez 39 pontos no total, sendo melhor avaliada também no quesito “mercado”, com 11 pontos, ocupando a 71º colocação.
Já a Fesurv caiu no ranking. Em 2013, ocupava a posição de número 153 e, neste ano, caiu para a 171ª colocação, com apenas 18 pontos no total. Na qualidade de ensino, a Universidade de Rio Verde fez apenas um ponto, ocupando a 183ª posição, enquanto no quesito qualidade de pesquisa fez 13 pontos, ocupando a 129ª posição.
Por Eduardo Pinheiro - O Popular
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