Iniciativa faz parte do Condomínio Empresarial Tecnológico, lançado ontem em parceria público-privada
A concessão de incentivos fiscais não é mais a única carta na manga do poder público para a instalação de novas indústrias no Estado de Goiás. O Condomínio Empresarial Tecnológico - Goiástec, parque industrial em parceria público-privada que será instalado no município de Catalão, no Sudeste do Estado, tem a tarefa de fisgar novas empresas, oferecendo suportes técnicos como cursos de qualificação profissional e laboratórios de pesquisas tecnológicas. A proposta é complementar a cadeia produtiva do município, reconhecido pelas indústrias do setor metal-mecânico e de mineração.
Informações da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec) apontam que o Estado vai conceder às futuras empresas que se instalarem no Condomínio Empresarial Tecnológico (GoiásTec), incentivo financeiro de 73% contratado junto a Agência de Fomento até o ano de 2020, caso venha a ser autorizado pela legislação do Estado de Goiás. Como o foco principal é atrair empresas fornecedoras do setor automotivo, a ideia é conceder às indústrias fabricantes de autopeças implantadas no Goiástec, benefícios semelhantes aos oferecidos às indústrias automobilísticas.
Mas para o assessor executivo do conselho de desenvolvimento tecnológico e inovação da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Nelson Aníbal, os incentivos são importantes, mas não são o pulo do gato do condomínio empresarial. “Ele está ligado a um centro de pesquisa que está implícito um conhecimento mais complexo, aplicado por doutores. Este custo é caro e o empresariado fica receoso em investir nisso. Por isso, a ação do Estado é muito bem-vinda”, afirma.
O Condomínio, lançado ontem no Palácio Pedro Ludovico, pelo governador Marconi Perillo, com investimentos da ordem de R$ 20,5 milhões e geração prevista de 3.200 empregos direitos e indiretos, além de aquisição de máquinas e equipamentos, terá uma unidade do Instituto Tecnológico do Estado de Goiás (Itego), vinculado a Sectec, atuando na promoção e no suporte à inovação tecnológica do empreendimento. “Hoje é um dia histórico para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação no Estado. Essa política fará a diferença em Goiás nos próximos dez anos”, disse o governador.
O edifício será multiusuário, com salas de capacitação, espaços para incubadoras de empresas e minicentro de convenções. “Serão adquiridos laboratórios para atender a demanda dos setores produtivos, principalmente metal mecânico”, afirma o titular da Sectec, Mauro Faiad. Faiad explica que serão oferecidos cursos de qualificação profissional de engenharia mecatrônica e engenharia mecânica, ministrados por docentes da Universidade Estadual de Goiás (UEG). “O espaço é planejado para atrair empresas que complementem a cadeia produtiva do setor metal-mecânico e de mineração” diz. O espaço, de 30 mil metros quadrados, foi doado pelos empresários local. A expectativa é que sejam atraídas dezenas de empresas de pequeno, médio e grande portes e as atividades sejam iniciadas no fim deste ano.
ESCOLHA
A escolha de Catalão como a sede da primeira experiência vocacionada para a inovação no Estado de Goiás é considerada acertada pelo assessor executivo do conselho de desenvolvimento tecnológico e inovação da (Fieg), Nelson Aníbal. Ele acredita que a localização do município deve contribuir para a atração de novas indústrias, além de fomentar o crescimento do quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Por Karina Ribeiro - O Popular
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