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Indústria de Goiás tem o 2º melhor resultado em 2012

Empresas goianas produziram 3,8% mais que em 2011, com destaque para medicamentos

Goiás foi um dos cinco Estados brasileiros, num total de 14 pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tiveram crescimento da produção industrial em 2012. Enquanto a produção goiana aumentou 3,8% no ano passado, o segundo melhor desempenho do País, puxado pela maior fabricação de medicamentos e cimentos, a produção nacional registrou queda de 2,7% em relação a 2011.

Durante todo ano passado, somente a produção baiana cresceu mais do que a de Goiás: 4,2%. O bom resultado do ano para a indústria goiana foi garantido por um crescimento de 13,7% da produção em dezembro, que conseguiu anular a queda de 16,1% em novembro e garantir um crescimento de 4,4% no trimestre. Em dezembro, a produção goiana também cresceu 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

QUÍMICOS

Dos cinco setores pesquisados no Estado, quatro tiveram resultados positivos em 2012. O grande destaque do ano foram as indústrias de produtos químicos, cuja produção cresceu 17,7% no Estado, com o aumento na produção de remédios. O segundo melhor desempenho foi registrado pelas indústrias de minerais não-metálicos, que produziram 7,1% mais, graças ao crescimento na fabricação de cimentos Portland.

O economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta, lembra que o desempenho deste setor foi impulsionado pelo aquecimento da construção civil. Segundo ele, o terceiro maior crescimento foi registrado pelo setor de metalurgia básica, que fabrica produtos ligados à siderurgia, sendo uma parte voltados para a construção civil, como vergalhões e outra estruturas metálicas.

ALIMENTOS

O único resultado negativo do ano em Goiás foi apresentado pelas indústrias de alimentos e bebidas, que produziram 3,3% menos em 2012, por causa da menor fabricação de leite em pó, milho doce preparado, farinhas e pellets da extração de óleo de soja, maionese, leite esterilizado, refrigerantes e óleo de soja refinado.

Para Fernando Abritta, a indústria nacional recuou por conta de ajustes nos estoques excessivos do início do ano. Do lado do consumo, ele lembra que houve um aumento da inadimplência e do endividamento das famílias, queda das exportações e falta de confiança dos empresários no cenário internacional, que inibiu investimentos.

Para ele, Goiás foi beneficiado por contar com um setor farmacêutico forte, que fabricam produtos menos afetados por crises. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado (Sindifargo), Ivan da Glória, as fusões em grandes indústrias goianas, como os laboratórios Teuto, que se juntou ao Pfizer, e o Brainfarma (Neo Química), que passou a fazer parte da Hypermarcas, impulsionaram a produção local.

Segundo ele, dos 10 medicamentos mais produzidos no País, dois são da Neo Química e um do Teuto. O Neosoro é o mais produzido no Brasil. Com a concentração de linhas de produção da Hypermarcas em Anápolis, o Brainfarma já é o terceiro maior produtor de medicamentos do País, e o Teuto ocupa a sétima posição do ranking. “No ano passado, a Hypermarcas continuou transferindo suas linhas de produção para cá”, destaca.

Laboratórios ganham mercado com genéricos


Para Ivan da Glória, presidente do Sindifargo, os laboratórios goianos ocuparam um bom espaço no mercado com medicamentos similares ou genéricos, cuja produção cresceu 18% no Estado em 2012. “Muitos laboratórios estão com crescimento fantástico da produção”, destaca.

Ivan da Glória conta que produz cápsulas para medicamentos para essas indústrias e que sua produção, atualmente em 24 milhões de unidades por dia, dobrou no ano passado.

Somente no laboratório Teuto/Pfizer, a produção cresceu 20% no ano passado, puxada pelos medicamentos genéricos e remédios que não necessitam de prescrição médica e que ficam nas prateleiras das farmácias.

O diretor presidente da indústria, Marcelo Leite Henriques, informa que a produção já está em 20 milhões de caixas por mês. Com isso, o laboratório fechou 2012 com um crescimento de 20% no quadro de funcionários em relação a dezembro de 2011. “Estamos preparando a fábrica para uma maior capacidade de produção”, informa Marcelo.

O Brainfarma (Neo Química) também produz medicamentos genéricos, similares e que não precisam de prescrição na fábrica de Anápolis, vendidos em todo País.

A capacidade instalada é de 31,7 milhões de blísteres (medicamentos sólidos), 300 mil litros de medicamentos líquidos, 41,6 toneladas de semi-sólidos e 2,1 milhões de unidades de penicilínicos mensais.

Número é bom indicativo, diz Fieg


Para o coordenador técnico da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Welington da Silva Vieira, um crescimento de 3,8% pode não parecer expressivo. Mas, considerando a conjuntura nacional e internacional, pode ser considerado um resultado excelente.

Ele lembra que o IBGE pesquisa somente cinco setores industriais e outros setores que não entram na pesquisa podem puxar esse resultado para cima. Welington dá o exemplo dos setores alcooleiro, que cresceu 17% em 2012, e da construção civil, que teve uma boa dinâmica ao longo do ano passado. “Uma prova disso foi o crescimento na venda de produtos como cimento.”

O coordenador técnico da Fieg acredita que o resultado geral da indústria goiana deve ser melhor, mas que os números apontados pelo IBGE já são um bom indicativo. Para ele, o bom resultado obtido pela indústria local em dezembro pode indicar a continuidade deste processo ao longo de 2013.

Welington acredita que uma das causas da queda da produção nas indústrias de alimentos seja a redução da oferta de soja. “As indústrias locais ficaram a mercê do comércio internacional do grão, que foi muito disputado. Goiás exportou mais e muitas indústrias locais trabalharam com capacidade ociosa, principalmente no período de entressafra.”

Por Lúcia Monteiro - O Popular



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