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Indústria goiana perde força

Desempenho em setembro foi 7,5% menor que no mesmo mês de 2011, após alta de 3,7% em agosto na mesma comparação

Depois de crescer 3,7% em agosto, a produção industrial de Goiás voltou a recuar em setembro. Com quedas na fabricação de produtos como maionese, óleo de soja refinado, cervejas, chope, carne bovina, milho doce e catchup, as indústrias de alimentação do Estado produziram, em média, 10,8% menos este ano. O fraco desempenho do setor foi o grande responsável pelas quedas de 7,5% da produção goiana em relação a setembro de 2011 e de 2,9% sobre agosto.

Isso porque as indústrias de alimentos e bebidas têm o maior peso no cálculo do desempenho da Produção Industrial Mensal feito pelo IBGE. Nos meses de junho e julho, o setor já havia registrado quedas na produção em Goiás, que voltou a crescer em agosto. Agora, houve essa forte desaceleração, quando todos os cinco setores pesquisados no Estado produziram menos.

Para o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta, um dos fatores que levaram ao fraco desempenho do setor no período foi o fato do mês de setembro ter tido 2 dias úteis a menos. Segundo ele, a queda também pode ser resultado de uma readequação de estoques, depois do crescimento registrado em agosto. “A indústria nacional seguiu essa tendência, apesar de todas as medidas de estímulo adotadas pelo governo, como a redução dos juros e do IPI”, lembra Fernando.

A desaceleração industrial no Estado também é comprovada pelos desempenhos trimestrais. Com o resultado negativo de setembro, o setor industrial goiano acumulou queda de 5,5% na produção do terceiro trimestre deste ano, depois de um crescimento de 18,2% no primeiro e de 1,5% no segundo trimestre.

TENDÊNCIA

Para o economista da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Cláudio Henrique de Oliveira, essa desaceleração é uma tendência nacional, que já tinha ficado evidente no primeiro semestre. Goiás demorou a sentir isso por conta da característica de sua produção, mais baseada na fabricação de produtos como alimentos, bebidas e medicamentos, considerados essenciais e mais consumidos no mercado interno, que geralmente são menos afetados por uma crise econômica mundial.

Os Estados que mais sentiram a queda na produção desde o início do ano foram os fabricantes de bens de capital, que refletem mais rapidamente a desaceleração dos investimentos internos, e os mais exportadores, que foram afetados pela queda da demanda nos países europeus, por exemplo. Mas é natural que em algum momento os reflexos começassem a ser sentidos por Goiás. “Hoje, não há mais economias isoladas”, lembra o economista.

A queda na produção de óleo de soja, por exemplo, pode ser explicada pelo aumento das exportações e redução da oferta interna do produto, por causa da quebra da safra americana. Outros produtos alimentícios também tiveram queda na demanda por causa de aumentos de preços, como a carne bovina, por exemplo, cuja demanda cresce no mundo. Já os preços das cervejas ficaram mais altos por causa do aumento de impostos.

Estado ainda lidera, apesar do fraco resultado

Mesmo com o fraco desempenho de setembro, Goiás continua sendo líder na produção industrial regional quando se considera o período acumulado de janeiro a setembro de 2012 e os últimos 12 meses do ano. O Estado acumula um crescimento de 3,6% da produção nos 9 primeiros meses deste ano, enquanto o País registra uma queda de 3,5%. Já no período de 12 meses, as indústrias goianas produziram 5,2% mais, enquanto o Brasil acumula queda de 3,1%.

O bom desempenho foi garantido por quatro dos cinco setores industriais pesquisados pelo IBGE em Goiás. O destaque, segundo o economista do IBGE, foi o crescimento de 16% no setor de produtos químicos, que foi impulsionado principalmente pela fabricação de medicamentos. O segundo melhor desempenho foi o da metalurgia básica, com indústria que produzem materiais usados na construção civil.

Outros produtos que ajudaram Goiás a se manter na liderança de crescimento da produção regional este ano foram o ferronióbio, os cimentos Portland e as pedras britadas. O minério continuou demandado em países em desenvolvimento, como a China e a Índia. Já o cimento e as pedra tiveram a demanda aquecida pela construção civil. A única queda ocorreu nas indústrias de alimentos, que produziram 3% menos este ano.

Com base nos resultados apresentados até agora, Cláudio Henrique, da Fieg, diz que a expectativa é que o setor industrial goiano consiga fechar o ano com um crescimento de 3,5% a 4%. “Considerando a série histórica de resultados, não há expectativa de um incremento contundente da produção no último trimestre do ano, tradicionalmente um período de desaceleração na indústria”, explica o economista.

Por Lúcia Monteiro - O Popular



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