Somente o custo com energia subiu 12,6% em todo ano passado.No quarto trimestre de 2014, indicador de custos avançou 3%, diz CNI.
O custo da indústria subiu no ano passado. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento médio do indicador de custos industriais em 2014 foi de 5%. Em 2013, o indicador havia avançado 4,2% e, no ano anterior, 6,4%.
Esse crescimento foi puxado pela alta de 6,3% no custo com produção e de 20,8% no custo com capital de giro. O custo tributário se reduziu em 0,8% no período. Os componentes do custo com produção que mais se destacam são o custo com pessoal, cujo aumento totalizou 7,9% no ano, e o custo com energia, com aumento de 12,6%, informou a entidade, por meio de nota à imprensa.
De acordo com a CNI, o crescimento do custo com energia, no ano passado, de 12,6%, foi resultado de uma expansão de 11,4% no custo com energia elétrica e de 16,5% no custo com óleo combustível.
Ano de 2013 Em 2013, o custo de produção havia avançado 6,1%, sendo que o custo de capital de giro tinha registrado um crescimento de apenas 0,5%. O custo de energia, por sua vez, havia registrado queda de 8,9% naquele ano.
Quatro trimestre de 2014 Ainda de acordo com a CNI, o indicador de custos industriais cresceu 3% no quarto trimestre de 2014 em relação ao terceiro trimestre, descontados os efeitos sazonais. Esse aumento foi puxado pela expansão de 4,9% no custo tributário e pela expansão de 2,5% no custo com produção no mesmo período, acrescentou a entidade.
A expansão de 3% nos custos industriais frente ao aumento de apenas 1,6% no preço doméstico dos produtos manufaturados indica compressão das margens de lucro no quarto trimestre de 2014, acrescentou a CNI. Segundo a entidade, o aumento dos custos industriais no quarto trimestre foi inferior ao aumento dos preços dos manufaturados importados em reais, o que resulta em melhora da competitividade dos produtos brasileiros no mercado doméstico.
A Confederação Nacional da Indústria informou ainda que o aumento nos preços dos bens manufaturados nos Estados Unidos em reais (9,1%), foi superior ao aumento dos custos industriais brasileiros (3%), indicando uma recuperação da competitividade dos produtos manufaturados brasileiros no exterior no quarto trimestre de 2014.
Por G1
|