Protestou condenou políticas de austeridade do governo belga
Cerca de cem mil trabalhadores marcharam em Bruxelas nesta quinta-feira para protestar contra reformas de mercado e medidas de austeridade, e o ato terminou em violência. Manifestantes incendiaram automóveis entraram em confronto com policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água. Segundo fontes policiais, cerca de 50 pessoas ficaram feridas e outras 30 foram detidas.
Apesar da violência, a marcha seguiu de maneira tranquila com trabalhadores protestando contra políticas governamentais que aumentarão a idade da aposentadoria, congelarão salários, e realizarão cortes nos serviços públicos.
— Os políticos estão atingindo os trabalhadores e os desempregados. Eles não querem tirar dinheiro dos ricos — afirmou Philippe Dubois, trabalhador da antiga zona industrial de Liege.
A inesperada marcha aconteceu após uma longa campanha de sindicatos belgas contra a coalizão, que defende os interesses dos empresários, e deve se desdobrar numa greve geral anunciada para 15 de dezembro.
Apesar de diálogos entre o governo, empregadores e sindicatos terem sido iniciados nesta quinta, o líder sindical socialista Rudy De Leeuw prometeu seguir com os protestos nas próximas semanas.
O governo belga diz ter sido forçado a adotar impactantes medidas de austeridade para manter o déficit orçamentário dentro dos limites da União Europeia, e insiste que precisa de políticas fiscais mais lenientes para se tornar mais competitivo no mercado global.
Por O Globo
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