Indicador que mede o medo do desemprego subiu 36,8% no ano passado.Com isso, também diminuiu o índice de satisfação com a vida, da entidade.
O Índice do Medo do Desemprego aumentou 36,8% em 2015, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (5). Os brasileiros terminaram 2015 muito preocupados com o emprego, informou a entidade. O levantamento foi feito com 2.002 pessoas em 143 municípios, de 4 a 7 de dezembro.
Segundo os números da CNI, o índice de medo do desemprego somou 102,3 pontos em dezembro do ano passado – muito acima da média histórica que é de 88,4 pontos – contra 74,8 pontos no mesmo mês de 2014. O Índice de Medo do Desemprego é maior entre as pessoas com ensino superior e as que têm renda familiar maior que 10 salários mínimos.
No último trimestre do ano passado, o medo do desemprego cresceu mais entre os moradores de municípios com menos de 20 mil habitantes, onde o índice subiu de 98,1 pontos em setembro para 106,8 em dezembro, informou a CNI. Nas cidades com mais de cem mil habitantes, o índice caiu de 105,5 pontos em setembro para 101,3 pontos em dezembro, acrescentou a entidade.
Como o desemprego atingiu inicialmente as áreas metropolitanas, só mais recentemente a população do interior passou a perceber de perto o impacto da crise no emprego. Isso explica o crescimento do Índice de Medo do Desemprego no último trimestre entre a população do interior, avaliou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Satisfação com a vida A crise econômica também afetou a forma como os brasileiros percebem a vida, informou a Confederação Nacional da Indústria, com base na pesquisa. Embora tenha aumentado 1,3% entre setembro e dezembro, o Índice de Satisfação com a Vida encerrou 2015 em 95,1 pontos. O valor é 8,1% menor que o registrado em dezembro de 2014. Quanto mais baixo o indicador, menor a chamada satisfação com a vida.
Há uma tendência natural de a população se mostrar mais satisfeita próximo às passagens do ano, o que explica o crescimento no trimestre, mas o efeito da crise está muito claro quando se compara o indicador com o mesmo período do ano passado. O Índice de dezembro é um dos menores já apurados desde o início da série em 1999, afirmou Fonseca, da CNI.
Por G1
|