Gestos e posturas podem transmitir mensagens erradas, mas também podem ajudar o candidato a se dar bem e conseguir um novo emprego
Depois de organizar o currículo e sair entregando o documento, já começa a ansiedade por aguardar a convocação para uma entrevista de emprego. Escolha de roupa, observação do trajeto e do trânsito são pontos fundamentais para não cometer uma das primeiras gafes antes mesmo de iniciar as etapas de avaliação. Fique atento, porque gestos e posturas podem transmitir mensagens erradas, mas também podem te ajudar a fisgar um novo emprego.
Muitas vezes o profissional já começa a ser avaliado logo na sala de espera. Essa é uma forma adotada para observar o comportamento do mesmo no momento em que está mais ‘relaxado’. Falar alto ou sentar de qualquer forma na cadeira não é uma boa ideia. Lembre-se que outros profissionais podem estar te avaliando. “Essa não é uma situação incomum”, afirma a psicóloga Mariana Magalhães.
Ela explica que em processos seletivos muito competitivos, alguns detalhes posturais considerados simples pelos candidatos podem contribuir para a entrada ou exclusão do profissional.
NERVOSISMO
Mariana lembra que o ambiente da entrevista de emprego costuma ser um pouco desconfortável. Por isso, os profissionais de recursos humanos estão habituados a lidar com o nervosismo dos candidatos a vaga de emprego, mas tudo tem limite. “Um dos primeiros sintomas é a voz trêmula ou mesmo em decibéis acima ou abaixo do ideal”, diz.
A psicóloga afirma que não é raro ter de se esforçar para ouvir as respostas de um candidato. Ela diz que os profissionais costumam ficar mais seguros ao longo da carreira. Isso significa que a área de recursos humanos de uma empresa leva em consideração algumas demonstrações de nervosismo de candidatos mais jovens ou inexperientes.
Para Mariana o profissional deve responder os questionamentos olhando nos olhos do entrevistado. O contrário dá sinais de dispersão, insegurança ou até arrogância.“A pessoa começa a virar os olhos em um momento ou outro, sinalizando que está cansado do processo”, ressalta Mariana.
AUTOCONHECIMENTO
Para não cometer essas e outras posturas que possam comprometer sua avaliação na entrevista, ela diz que o principal é se autoconhecer. Quando o profissional reconhece quais os pontos a desenvolver e habilidades a aprimorar tudo fica mais fácil.
“Fique por dentro do que é exigido para a função que está se candidatando”, ressalta Magalhães. Uma dica importante é não seja prolixo ou monossilábico nas respostas.
Outras dicas simples repassadas pela profissional e que podem garantir um pontinho a mais na avaliação podem ser feitas por qualquer candidato: um sorriso logo na entrada e um bom aperto de mão.
“Por mais clichê que possa parecer, o aperto de mão firme é muito bem vindo.” Nada de gíria ou vícios de linguagem. “O ‘tipo assim’ é um termo que, de tão falado entre os jovens, irrita durante a entrevista”, exemplifica.
Para finalizar, diz que o candidato pode fazer uma espécie de treinamento em casa. Grave um vídeo e avalie a própria dicção e comportamento postural.
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Por Karina Ribeiro - O Popular
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