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Portuários de Santos permanecem dentro de navio que veio da China

Protesto é contra o uso de mão de obra estrangeira. Cerca de 50 estivadores invadiram navio que trouxe equipamentos.

O impasse envolvendo um navio chinês atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, continua nesta terça-feira (19). A embarcação trouxe equipamentos e trabalhadores autorizados para a operação de desembarque, o que não foi aceito por portuários do cais santista, que alegam que estão perdendo oportunidades de trabalho e questionam essa autorização. Os trabalhadores invadiram o navio na última segunda-feira (18), exigindo que assumissem os trabalhos.

Havia uma expectativa de negociação e acordo pela manhã, porém, o protesto continua. Alguns sindicalistas disseram que a situação permanece a mesma. Os portuários continuam dentro da embarcação à espera de um acordo ou de uma resposta da empresa, dona do terminal que importou portêineres e transtêineres.

A Embraport, empresa que importou os equipamentos da China, esclarece que os 100 trabalhadores chineses, que vieram junto com o navio, são técnicos da empresa fabricante dos equipamentos. Eles vão trabalhar apenas na montagem desses equipamentos, que são guindastes específicos para movimentação dos contêineres.

Os portêineres movimentam os contêineres e retiram ou colocam a carga do navio para o pátio. Já os transtêineres movimentam os contêineres dentro dos terminais. Este é um procedimento comum, ou seja, a montagem desses equipamentos é feita pela empresa fabricante desses equipamentos, que são guindastes específicos.

A Embraport também diz que cumpre rigorosamente a legislação vigente. Mas há um impasse, porque os trabalhadores não concordam com isso. A maioria deles são estivadores que permanecem dentro do navio.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, tanto os estivadores quanto outras categorias não concordam com o uso de mão de obra estrangeira. “A empresa em nenhum momento respeitou os nossos direitos, e é só isso que nós queremos. Ela infelizmente ainda insiste em trabalhar com a mão de obra chinesa no nosso lugar. Nós estivadores e as demais categorias do Porto não vamos concordar. Isso é tirar os direitos dos trabalhadores e entregar a uma mão de obra estrangeira. A empresa está dentro do Porto organizado, ela não é terminal privativo. Se o terminal está dentro da área pública já deveria cumprir a legislação. E a empresa já entende que está sobre efeito da MP-595, que vem tirar os nossos direitos e nós não vamos aceitar. Por isso, já temos uma greve até sexta-feiraâ€, afirma Rodnei.

O caso

Um grupo formado por cerca de 50 portuários ocupou um navio que trouxe equipamentos de Xangai, na China, para o Porto de Santos. Os trabalhadores protestam contra o uso exclusivo da mão de obra chinesa, que veio a bordo da embarcação, na remoção dos equipamentos, o que segundo eles contraria o acordo entre os trabalhadores e o porto.

A manifestação começou por volta das 3h30 desta segunda-feira (18). Os trabalhadores acreditam que cerca de 100 chineses estão operando a retirada dos equipamentos. Segundo previsão do porto, os serviços de remoção dos equipamentos devem durar cerca de 22 dias. Os trabalhadores aguardam autoridades para negociar. O navio chegou ao Porto de Santos na sexta-feira (15) carregando pontes rolantes usadas na movimentação de cargas dos navios.

Os portuários dizem que só sairão da embarcação se a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), responsável pelo navio, fizer um acordo. A diretoria dos Servidores Portuários, sindicalistas e representantes da Embraport se reunirão para discutir sobre a situação.

Em nota, a Embraport informou que o desembarque e a montagem dos equipamentos são realizados pelo fabricante, como é usual em todos os portos, e que cumpre rigorosamente a legislação vigente.

Leia na íntegra a nota da Embraport:

"Esclarecimentos

A Embraport informa que solicitou à Guarda Portuária a liberação do navio Zhen Hua 10 para o reinício do desembarque de equipamentos a serem usados em seu terminal em Santos (SP). Trata-se do primeiro lote de equipamentos para operação do maior terminal portuário privado do Brasil. Os equipamentos – três portêineres e 11 transtêineres – auxiliarão na movimentação portuária. O portêiner, com mais de 124 metros de altura e aproximadamente 1.600 toneladas, é um guindaste específico para retirar ou inserir contêineres nos navios. Já o transtêiner, com dimensões de 25,20 metros de altura e 381 toneladas, serve para movimentar as cargas dentro do próprio pátio. Ao todo, na primeira fase, o terminal terá seis portêineres e 22 transtêineres.

O desembarque e a montagem dos equipamentos são realizados pelo fabricante, como usual em todos os portos. A Embraport cumpre rigorosamente a legislação vigente.

A Embraport esclarece ainda que mantém diálogo constante com os sindicatos e está reunida com as entidades representantes dos trabalhadores nesta tarde. Pela manhã, houve duas horas de reunião. A empresa confia em que as negociações cheguem a um bom termo o mais rápido possível, para que a instalação dos equipamentos permita o início de operação de um terminal portuário que contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do País, bem como para geração de emprego e renda".

Por G1 Santos



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