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21/05/2015 | Notícias
'Prévia' do PIB aponta para retração de 0,81% no 1º trimestre e recessão
Prévia do PIB foi divulgada pelo BC; resultado oficial sai em 29 de maio.Consumo fraco e setor externo ruim motivaram resultado, diz economista.

Após ter registrado 
estagnação no ano passado, a economia brasileira iniciou o ano de 2015 não só pisando no freio mas também engatando a marcha ré, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (15) pelo Banco Central (BC).

O chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo BC e que busca ser uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um encolhimento de 0,81% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os três últimos meses de 2014. A variação foi feita após ajuste sazonal.

Além de a prévia do PIB ter mostrado que a economia brasileira teria encolhido no primeiro trimestre deste ano, ela também indicou que o Brasil pode ter entrado em recessão. Isso porque os resultados de meses anteriores foram revisados. Com os novos valores, a economia teria registrado contração de 0,2% nos três últimos meses do ano passado, na comparação com o trimestre anterior. Dois trimestres consecutivos de queda do PIB configuram o que os economistas classificam de recessão técnica.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 29 de maio.

Resultado de março e em doze meses
Somente em março, ainda de acordo com  números da autoridade monetária, a economia brasileira teria registrado retração de 1,07%. Trata-se, de acordo com o Banco Central, da maior queda do PIB mensal desde junho de 2014 - quando foi registrada uma contração de 1,42%. E, no acumulado em 12 meses até março, o indicador registrou contração de 1,18%, segundo números do BC.

O que motivou resultado
Para o economista-chefe da GradualINVESTIMENTOS/, André Perfeito, o PIB do primeiro trimestre deste ano, cujo resultado oficial será divulgado na semana que vem, deve registrar uma retração de 0,5% contra o quarto trimestre do ano passado.

Isso deriva de uma desaceleração do consumo das famílias, algo que já está encaminhado, e também do setor externo, cujo resultado está muito ruim, avaliou o economista. Segundo ele, o PIB do primeiro trimestre deste ano ainda tem efeito pequeno das medidas de ajuste fiscal do governo (aumento de imposto e corte de gastos, principalmente deINVESTIMENTOS/), que devem bater mais fortemente no resultado do segundo trimestre de 2015.

Segundo ele, o PIB do segundo trimestre deste ano deve ter uma contração maior ainda, de cerca de 0,9%, contra os três primeiros meses deste ano - jogando o país em recessão, que se caracteriza pela contração do PIB por dois trimestres consecutivos. Para o acumulado de todo este ano, Perfeito prevê um encolhimento do PIB de 0,9% na comparação com 2014.

O setor externo não vai recuperar [em 2015 fechado] apesar de o real ter se depreciado [alta do dólar, que torna exportações mais baratas] e oINVESTIMENTO/ vai vir muito baixo, dada a baixa confiança dos investidores. O ajuste fiscal vai sendo sentido mais fortemente ao longo do ano e o BC deve subir os juros para até 14,50% ao ano [atuamente, a taxa está em 13,25% ao ano], declarou.

Resultados do IBC-Br x PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um antecedente do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.

Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. Em 2013, o BC acertou. Previu uma alta de 2,5% – que foi depois confirmada com as revisão feita pelo IBGE. Em 2014, o BC estimava uma retração de 0,15% no PIB, mas os dados oficiais mostraram uma alta de 0,1% no ano passado.

O Banco Central já informou, em 2013, que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas um indicador útil para o BC e para o setor privado.

Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 13,25% ao ano e a expectativa do mercado, até o momento, é de nova elevação: para 13,50% ao ano, no início de junho.

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Neste ano, tanto o mercado financeiro quanto o governo, e até mesmo o Banco Central, acreditam que inflação oficial ficará acima do teto de 6,5% do sistema de metas. O mercado estima um IPCA de 8,29% para 2015. O governo vê a inflação deste ano em 8,2% e a autoridade monetária em 7,9%. O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2016.

Por Alexandro Martello - G1

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