Economia goiana cresceu 3% no 3º trimestre deste ano, acima do PIB nacional, que avançou 2,2% no perÃodo, revela IMB/Segplan
Puxada pela indústria, a economia goiana cresceu no terceiro trimestre deste ano 0,8 ponto porcentual a mais que a do Brasil. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do PaÃs avançou 2,2% de julho a setembro, dados preliminares revelam que a geração de riquezas no Estado expandiu 3%, em relação ao mesmo perÃodo de 2012.
A comparação entre o desempenho da economia nacional e local é feita a partir da apuração preliminar do PIB de Goiás no terceiro trimestre, divulgada ontem pelo Instituto Mauro Borges de EstatÃsticas e Estudos Socieconômicos (IMB) da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). O estudo se baseia em pesquisas do IBGE.
O desempenho do PIB do Brasil e de Goiás, entretanto, são estimativas que refletem uma tendência atual da economia. Os dados serão revistos, tanto para mais quanto para menos, conforme a efetivação da apuração de dados. Nos dois casos, a consolidação (número certo e absoluto) do PIB só ocorrerá em 2015.
“Sete Estados realizam essa estimativa do PIB trimestral. O indicador vem suprir esta lacuna entre o ano de ocorrência e o da divulgação. Ele também é um indicativo próximo da realidade, já que na consolidação os valores não são muito diferentes desta estimativaâ€, diz a chefe do IMB, Lilian Maria da Silva Prado.
LIDERANÇA
Apesar deste cenário, é certo que a indústria goiana, a exemplo dos outros trimestres deste ano, portou-se como vedete do avanço local superior ao nacional, com aumento de 4,5% de sua produção de riquezas. Este indicador positivo veio da indústria de transformação e extrativista e da construção civil.
O economista da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Cláudio Henrique Oliveira, diz que a indústria de transformação, principalmente produtos quÃmicos, viveu um momento único em Goiás: tudo o que produz está sendo comercializado. “Por isso esse segmento, que vive um momento de maturação de investimentos, cresceu tanto no terceiro trimestreâ€, diz.
O mesma explicação se aplica ao segmento extrativista e da construção civil. O relatório do IMB indica as obras públicas como formadores da demanda regional. “Na construção civil foram importantes obras de empreendimentos imobiliários, rodovias, ferrovias, assim como de urbanização e saneamento básico.â€
O economista da Fieg explica ainda que, habitualmente, a atividade industrial cresce mais no segundo e no terceiro trimestre. No primeiro e no quarto trimestre, a entressafra das diversas culturas do Estado afeta, em regra, a agroindústria – pilar da economia industrial de Goiás. “Mas vivemos um momento de diversificação muito positivoâ€, diz.
OUTROS SETORES
O setor de serviços apresentou Ãndice de 3% no terceiro trimestre de 2013 sobre igual perÃodo de 2012, por conta da expansão no modal rodoviário, enquanto a agropecuária encerrou o terceiro trimestre deste ano com variação de 1% em relação ao mesmo perÃodo de 2012. O resultado da agropecuária foi o que mais chamou a atenção, já que foi o menor dos últimos quatros anos no terceiro trimestre e reflete o comportamento das culturas de milho e cana-de-açúcar, época em que grande parte da colheita é realizada.
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção AgrÃcola de outubro de 2013, a safra goiana de grãos apresentou queda de 1,4% no comparativo com a de 2012. O milho recuou 6,6% no ano devido à perda provocada pela falta de chuva no perÃodo de formação do grão. A cana-de-açúcar cresceu 14,7%, enquanto o feijão e o algodão registraram quedas, respectivamente, de 18% e 41,8%.
O economista e analista de mercado da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, explica que o problema se concentrou no preço do milho. “Apesar uma recuperação em relação ao ano passado, a queda do preço foi muito grande neste ano. A saca saiu de R$ 23,00 para R$ 18,00, por conta da alta oferta.â€
De acordo com o secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, a economia goiana continua registrando crescimento acima da média nacional, o que demonstra o acerto da polÃtica adotada pelo Governo Estadual, de atração de investimentos e fomento ao setor produtivo, assim como o bom desempenho do empresariado do Estado.
Por Ricardo César - O Popular
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