O presidente da Força Sindical Goiás, Rodrigo Alves Carvelo (Rodrigão) representou os trabalhadores em uma reunião com governadores; secretários da Fazenda dos Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Espírito Santo e Santa Catarina; empresários e trabalhadores, na manhã da última terça-feira (17), no Senado, para cobrar a retomada do debate sobre as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a chamada guerra fiscal.

Segundo Rodrigão, o fim da guerra fiscal não é interessante para os trabalhadores. “Os trabalhadores querem a carteira assinada, querem um trabalho digno, não é simplesmente criar o bolsa família, ou sair inventando bolsas por aí. O nosso povo brasileiro, é um povo aguerrido, eles não querem o peixe no prato, mas querem condições dignas para pescar.  Não podemos ser prejudicados com o fim dos incentivos já concedidos que atraem empresas e desenvolve a economia”, declarou.

Para o Governador de Goiás, Marconi Perillo, essa briga, suprapartidária, é pela sobrevivência dos Estados menos desenvolvidos. Convivemos com fortes desigualdades regionais e sociais e com ausência de uma política nacional de desenvolvimento regional, afirma Perillo. Segundo ele, os governadores não acreditam que, se perderem os instrumentos de atração de indústrias, os fundos criados pelo governo federal compensarão de fato as perdas.

O governo federal defende adotar neste ano uma alíquota única de 4% para todo o país, que seria cobrada nas transações interestaduais e no comércio eletrônico. Com a medida, é esperado do governo federal não apenas a redução da sonegação de impostos, como o fim da guerra fiscal entre os estados.

Além da reunião, os governadores estiveram com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que a Corte não edite súmula vinculante proibindo a concessão de incentivos fiscais para atrair empresas. Os governadores entendem que a súmula prejudicaria os estados que usam esses mecanismos.

Fonte: Assessoria Força Goiás