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05/03/2015 | Notícias
Sindicatos criticam aumento da taxa Selic

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a Força Sindical e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticaram a elevação da taxa básica de juros (Selic), anunciada ontem (4) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

A Contraf informou que a elevação é intolerável para os trabalhadores, porque deve agravar a estagnação da economia e concentrar riqueza. “O novo aumento da taxa básica de juros é extremamente negativo para o país, por várias razões. Em primeiro lugar, vai deprimir ainda mais a economia, cuja deterioração vem se agravando e já ameaça provocar desemprego”, critica, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da entidade.

Pela quarta vez seguida, o BC reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Copom aumentou a taxa em 0,5 ponto percentual, passando para 12,75% ao ano. Com o aumento, a taxa retorna ao patamar de janeiro de 2009.

“Com a Selic a 12,75%, o Tesouro Nacional transfere por ano aos rentistas (que vivem da renda proveniente da aplicação de capitais) R$ 240 bilhões, ou 5% do Produto Interno Bruto. Somente com os aumentos pós-reeleição, esse seleto grupo embolsará R$ 17 bilhões anualmente, o mesmo valor que o governo pretende economizar com as mudanças no seguro-desemprego. É um mecanismo perverso de concentração de renda em um país que já é um dos 12 mais desiguais do mundo”, acrescenta Cordeiro.

Para a Força Sindical, a decisão é desastrosa. “Os insensíveis tecnocratas do Banco Central perderam novamente ótima oportunidade de afrouxar um pouco a corda que está estrangulando o setor produtivo, que é quem gera emprego e renda. Infelizmente, mais uma vez, o governo se curva diante dos especuladores. A decisão frustra a sociedade, que esperava por uma queda na taxa básica de juros”, divulgou a entidade.

A Força Sindical destaca que o governo não pode continuar com a atual política econômica que, segundo a entidade, privilegia os especuladores em detrimento da produção e do emprego. “Alertamos que o Brasil fechou 2014 com queda de 3,3% na produção industrial”, completa.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a nova elevação da taxa básica de juros agrava as dificuldades do setor e coloca em risco o emprego. “[O aumento] elevará os custos dos financiamentos, desestimulará os investimentos das empresas e inibirá o consumo das famílias. Isso dificultará ainda mais a recuperação da economia e colocará em risco o emprego”, avaliou em nota.

A CNI acrescentou que a redução das despesas públicas seria um meio de combate à inflação, pois a indústria defende um ajuste fiscal que dê mais peso ao corte de gastos públicos do que ao aumento de impostos.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a alta da taxa demonstra que o governo mantém o rigor no combate à inflação. “Isso é bom para o Brasil no longo prazo, mesmo sendo bastante penoso no momento”, afirmou, em nota.

A Fecomercio-SP observou que essa não deve ser a última elevação da taxa Selic neste ano. “A taxa deverá encerrar 2015 por volta de 13% (ou mais), patamar que pode ser atingido ainda no primeiro semestre”, acrescentou. Além disso, a entidade considera o cenário econômico atual perverso, porque consumidores e empresários precisarão conviver com taxas de juros muito altas, mesmo que o ritmo de investimentos e de consumo das famílias já seja muito baixo.

Por Camila Boehm - Agência Brasil

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