Em 2013, a remuneração média ficou em R$ 1.929,03, alta de 1,8% ante 2012. Taxa de desemprego caiu para 5,4%
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Apesar do fraco crescimento da economia em 2013, a taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do País caiu para 5,4% na média no ano, a menor da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Em 2012, a taxa foi de 5,5%. Em dezembro, o desemprego ficou em 4,3%, menor patamar do indicador mensal.
A renda, no entanto, não cresce mais com o vigor de antes. O rendimento médio em 2013 ficou em R$ 1.929,03, a alta de apenas 1,8% sobre 2012, a menor desde 2005. No ano anterior, o avanço sobre 2011 alcançou 4,1%.
De novembro para dezembro do ano passado, houve queda de 0,7% na remuneração dos trabalhadores. A desaceleração resulta da freada do crédito para o consumo, do menor reajuste do salário mínimo, da confiança reduzida de empresários, além de inflação (que corrói a renda) e juros mais altos.
Segundo Adriana Araújo, técnica do IBGE, a inflação mais elevada teve “impacto” na evolução do rendimento em 2013. Para a LCA, porém, a “perda de fôlego” da inflação acumulada em 12 meses a partir de julho “contribuiu para estancar o movimento de perda real” dos salários.
Diante disso, a criação de novas vagas perdeu força e avançou somente 0,7% em 2013, chegando a um contingente de 23,3 milhões de ocupados nas seis regiões.
Trata-se do menor crescimento desde 2009, ano mais agudo da crise global, quando o ritmo de expansão igualou o do ano anterior. Os números do IBGE indicam que a pequena redução da taxa de desemprego se deu pela menor procura de trabalho, pois não foram criadas vagas em quantidade expressiva.
“O arrefecimento do mercado de trabalho já vinha ocorrendo e se intensificou no final do ano. É um movimento natural numa economia que cresce pouco há três anos”, diz Gabriel Ulyssea, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
CARTEIRA ASSINADA
Mesmo com o fraco crescimento do emprego e do desempenho modesto da economia, o mercado de trabalho intensificou o processo de formalização dos postos de trabalho e, pela primeira vez na história, os trabalhadores com carteira assinada superaram a metade do contingente total de ocupados nas seis maiores regiões metropolitanas do País em 2013.
Segundo o IBGE, esse grupo somou 11,6 milhões de trabalhadores, o que correspondeu a 50,3% do total. Em 2012, o porcentual de ocupados com vínculo formal era menor: 49,2%. Em 2011, havia sido de 48,5%.
Fonte: O Popular
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