De acordo com o sindicato, os 3 mil metalúrgicos presentes na assembleia na fábrica da Chevrolet no ABC paulista votaram a favor de manter em vigor o acordo coletivo negociado em 2017 e válido até 2021. A montadora anunciou, naquele ano, um investimento de R$ 1,2 bilhão para aquela unidade.
“O acordo está assinado e precisa ser cumprido. Não há o que negociar. Como poderei ir a uma reunião para tratar de algo que já foi decidido? ”, disse Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do sindicato.
Entre as medidas pretendidas pela GM estão o fim da estabilidade de emprego de acidentados em razão de trabalho, o fim do fretado, jornada intermitente, terceirização de setores, 44 horas de trabalho semanais e a redução do piso salarial de R$ 1.700 para R$ 1.600 em novas admissões.
Medidas semelhantes foram propostas aos funcionários da unidade de São José dos Campos (SP). O sindicato apresentou a lista aos trabalhadores também nesta sexta, mas ainda não houve votação.
Em Gravataí (RS), onde a montadora tem outra fábrica, o sindicato local disse que a GM enviou documento aos trabalhadores indicando um recuo da empresa em relação às mudanças anunciadas.
'Momento crítico' no Brasil
As propostas de reestruturação na GM começaram após o presidente da montadora no Mercosul, Carlos Zarlenga, alertar trabalhadores do Brasil sobre o que considera um momento crítico, alegando prejuízos seguidas.
O declaração foi recebida com surpresa pelo fato de a Chevrolet ser a líder em vendas no país e ter o carro mais emplacado, o Chevrolet Onix. Apesar do tom do anúncio da empresa no Brasil, a marca negou saída do país.