O profissional desmotivado se torna apático, o que pode comprometer sua carreira. Há casos em que as atitudes do chefe geram o desânimo
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O domingo começa a virar um pesadelo. Quando a simples lembrança de que a segunda-feira está se aproximando e de que existe uma semana inteira de trabalho pela frente cria uma espécie de mal estar, isso pode estar ligado à desmotivação no ambiente de trabalho. Além desse aspecto refletir na qualidade de vida do profissional, a desmotivação imprime queda de rendimento. Os sintomas são clássicos: apatia, falta de comprometimento, faltas constantes e baixa produtividade.
Em linhas gerais, os motivos que levam um profissional a desmotivação estão ligados ao estilo de gerência (muitas vezes centralizador e autocrático) e também pela falta ou clareza de um plano de carreira sólido. Sem essa ferramenta, o profissional não visualiza perspectivas de crescimento. “Isso fica muito claro, principalmente, para os profissionais com menos de 30 anos”, afirma a psicóloga Viviane Kazmirczak.
Ela acredita que essa geração busca valorização de seu trabalho e um caminho mais rápido de crescimento dentro do ambiente organizacional. “Por isso, muitas empresas atualmente não conseguem reter esses talentos”, diz. Para isso, é preciso ter um plano de cargos e salários bem estruturado.
Ela lembra também que existem profissionais desqualificados para seus cargos e funções e, por outro lado, profissionais tecnicamente bem preparados ocupando cargos aquém de suas habilidades. Para ela, essa inadequação na composição de uma equipe pode ser comparada a uma bomba-relógio. “Em qualquer momento pode haver uma confusão, um grande desentendimento por algo simples”, afirma.
CHEFIA
Em todos os casos, o papel da liderança é fundamental. Em muitas situações, o chefe tem relação direta com o comportamento da equipe. Uma liderança arrogante, que fala alto, não assume os erros cometidos pela equipe ou que não possui critérios nas avaliações é um forte candidato a imprimir desmotivação no grupo de colaboradores. Viviane lembra que uma pessoa apática pode contaminar boa parte da equipe. “Isso é muito comum nos ambientes organizacionais. É mais fácil um aspecto negativo contaminar os demais colegas do que um aspecto positivo, como uma pessoa organizada, por exemplo”, diz.
MOTIVAÇÃO
O diálogo com a chefia pode ser o pontapé inicial. “O profissional deve explicar o que está levando ele a ficar desmotivado”, orienta Viviane. Ela afirma que o profissional deve observar também se há um alinhamento entre o seu perfil e o da empresa. Em alguns casos, diz, não há outra saída além de começar a buscar um novo ambiente de trabalho.
Por Karina Ribeiro - O Popular
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