Pesquisa Serpes mostra que a área tem nota média de 3,36. População pede contratação de mais médicos
Apontado como o maior problema do Estado, a saúde em Goiás tem nota média de 3,3 para os eleitores goianos, segundo pesquisa Serpes/O POPULAR realizada dos dias 25 a 29 de agosto (veja quadro). Um terço do eleitorado (33,1%) deu nota zero para a área. Apenas 24% consideram que o setor mereça mais que nota 5.
A pesquisa também mostra que, para a maioria dos goianos, a gestão por organizações sociais (OSs) nas unidades de responsabilidade do Estado não garantiu resultados positivos. Questionados sobre os efeitos da transferência, 33,2% responderam que “não mudou nada”. Para 12,1%, a situação piorou. Outros 18,1% consideram que melhorou.
A pergunta feita pelo instituto Serpes é bem específica: “Hospitais como Hugo, HGG, HDT, Huana, Huapa, hospitais estaduais, antes eram geridos pelo Estado e agora são por organizações sociais; como avalia o resultado dessa transferência de gestão?” Um total de 22% dos eleitores preferiu não opinar. E outros 14,6% responderam não saber o que é uma organização social.
Em Goiânia e Região Metropolitana, além de Anápolis – onde estão localizadas a maioria das unidades –, foram registrados os maiores porcentuais de eleitores que acham que as OSs não mudaram alteraram o atendimento. Na capital, 38,8% disseram que não mudou e 23,1% enxergam piora. No Centro – em que o Serpes inclui Aparecida de Goiânia e Anápolis –, 36,2% acham que nada mudou. Nesta região, 23,2% consideram que houve melhora.
Goiânia também registra o maior porcentual de nota zero para a saúde. Ao total, 45,6% dos entrevistados na capital avaliam da pior forma o setor. Na Região Central, o índice de nota zero foi de 35,1%.
O Serpes também perguntou ao eleitor qual a medida mais urgente para melhorar o sistema público de saúde em Goiás. Em uma lista com sete providências e resposta múltiplas, 53,3% dos entrevistados responderam que a principal necessidade é contratar mais médicos e profissionais de saúde. Outros 34,2% defenderam a construção de mais hospitais.
Para 31,6% dos goianos, é preciso remunerar melhor os médicos e profissionais de saúde e exigir mais deles. Um total de 23,2% consideram necessário melhorar a estrutura física das unidades de saúde e 21,3% cobram maiores investimentos em saúde preventiva.
SEGURANÇA
Na primeira quinzena de agosto, a pesquisa Serpes/O POPULAR ouviu os eleitores goianos sobre a área de segurança pública. A nota média para o setor foi de 3,87, sendo que 24,1% dos entrevistados deram nota zero. Questionados sobre o que seria necessário para que se sintam mais seguros, entre oito possíveis medidas, a maior parte (40,6%) dos entrevistados indicou punição mais severa para os crimes de menores.
Por Fabiana Pulcineli - O Popular
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