O Conselho Curador do FGTS se reúne amanhã para votar mudanças no Minha Casa, Minha Vida. As faixas de renda das famÃlias que têm acesso aos financiamentos do programa podem subir cerca de 5,5%.
Não é certo que esse aumento valerá para todas as faixas. Porém, se aplicado no limite máximo, famÃlias com renda de até R$ 5.275 passariam a ter acesso ao programa, que hoje é limitado a quem ganha até R$ 5.000 por mês.
O valor máximo do imóvel que pode ser financiado também deverá ser reajustado. Hoje, na capital paulista, o teto é de R$ 170 mil. O governo quer ainda baixar os juros máximo do financiamento, de 8,16% para 7,16% ao ano.
Caso as mudanças sejam aprovadas, deverão começar a valer após publicação, que não tem prazo para ocorrer.
Ontem, a Folha antecipou que governo Dilma preparava mudanças para expandir o foco do programa, que pouco atende a classe média devido ao aumento nos preços dos imóveis nos últimos anos.
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, a proposta é reduzir os juros e aumentar os limites de renda familiar que podem acessar o programa e os valores financiados.
Para a faixa que ganha de R$ 3.101 a R$ 5.000 (faixa 3), a nova taxa deve cair de 8,16% ao ano para 7,16%. Hereda não disse qual a taxa será dada para as famÃlias com renda entre R$ 1.600 e R$ 3.100 (faixa 2), que hoje têm juros de 6% ao ano. Para as famÃlias com renda de até R$ 1.600, o governo compra o imóvel e subsidia até 95% do valor.
REAJUSTE NOS LIMITES
"O governo, através do Ministério das Cidades, está propondo reajuste tanto nos juros quanto nos limites. Recentemente tivemos alteração nos valores do Minha Casa, Minha Vida na faixa 1 [renda até R$ 1.600]. É natural que a faixa 2 e 3 tenham também reajuste", disse o presidente da Caixa.
Na sexta, o banco anunciou uma injeção de R$ 13 bilhões do governo, sendo que R$ 3 bilhões serão destinados ao financiamento de material de construção, dentre outros, para clientes ligados ao Minha Casa, Minha Vida.
Para João Crestana, ex-presidente do Secovi (Sindicato da Construção), as mudanças estudadas devem ampliar a participação da classe média urbana no programa.
"Está começando a ficar difÃcil utilizar o programa, porque a classe média subiu de patamar. Ou você retira a classe média, o que é uma temeridade, ou ajusta para que possa atender mais gente. O governo está muito sensÃvel a isso", disse Crestana.
REGRAS DO PROGRAMA
O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, facilita a aquisição de residências por famÃlias de três estratos de renda: aquelas com renda familiar (bruta) de até R$ 1.600; com renda entre R$ 1601 e R$ 3.100 e as que ganham entre R$ 3.101 e R$ 5.000.
Por: Agora
Fonte - Folha.com
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