Segundo o setor, resultado era esperado porque não haveria como repetir os altos números de agosto
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As vendas de automóveis e comerciais leves registradas em Goiás em setembro despencaram 36,3% em comparação com o mês anterior, com 9.212 veículos emplacados, mas o resultado já era esperado pelos revendedores.
Seria impossível repetir no mês seguinte o cenário de agosto, que foi recorde na comercialização de toda a história do setor automotivo, com 14,4 mil veículos emplacados, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Goiás (Sincodive-GO).
DESEMPENHO
O desempenho em agosto foi o reflexo da correria de consumidores para antecipar as compras e aproveitar o que seria o último mês de isenção de Imposto sobre Produto Industrializados (IPI) para carros populares.
Os números de setembro de 2012 também foram os menores para o mês, desde 2009, o que em parte pode ser explicado pelo nível de comprometimento da renda dos consumidores endividados, afirma o gerente de vendas da Tecar Fiat, Guilherme Borges Santos.
Como a redução do IPI foi mais uma vez prorrogada – vai até o final deste mês –, as concessionárias já esperam registrar uma comercialização 20% superior à de setembro. “O resultado não vai chegar ao de agosto, mas o setor está muito otimista”, afirma Guilherme Santos.
Se as expectativas dos revendedores se concretizarem, o mercado de veículos em Goiás pode ter o melhor outubro da série histórica registrada no Estado, iniciada em 2008.
Nos últimos quatro anos, as vendas estaduais de carros para o mês não chegaram a 9 mil unidades. Mais uma vez, o consumidor deverá ter dificuldade para encontrar alguns modelos.
Segundo o gerente de vendas da Belcar Veículos (Volkswagen), João Sátiro Dantas Neto, para o novo Jetta, por exemplo, a fila de espera ultrapassa os seis meses. No caso de algumas versões do Gol G5 e o Fox, a demora é de 30 dias.
ECONOMIA
Quem esperar para comprar o carro no ano que vem poderá ter a oportunidade de economizar de forma dobrada. Para 2013, o governo prevê a diminuição de IPI em até quatro pontos porcentuais para os carros que atingirem metas de redução de gastos com combustível e para as montadoras que investirem em inovação, engenharia de produção e componentes industriais.
A medida foi anunciada ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a redução de impostos poderá resultar no possível barateamento dos veículos. Com isso, o consumidor se beneficiaria na economia direta da compra e nos gastos com abastecimento.
Por Lídia Borges - O Popular
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