Após momento para descansar e refletir, profissional precisa estar preparado para retomar sua carreira e se recolocar no mercado

O impacto ao receber a notícia de desligamento da empresa não é fácil. A situação é desagradável para quem ocupa cargo de chefia e gera sentimentos de indignação e injustiça para quem está sendo demitido. No entanto, o profissional deve estar preparado para administrar o momento pós-demissão para que seja capaz de retomar a vida profissional o mais rápido possível.

Depois da sensação de impotência e injustiça, amarguras comuns no primeiro momento da demissão, a orientação é tirar alguns dias para espairecer e recarregar as energias. “O primeiro impacto é muito forte, já que o ato geralmente é inesperado. O primeiro passo é tirar alguns dias para restabelecer�, analisa a gerente de recrutamento e seleção da Agregar Gestão de Pessoas, Bárbara Lessa.

Não raro, diz, muitos profissionais tendem a pesquisar os motivos que levaram a empresa a demiti-lo. Essa atitude , explica, é comum e deve ser feita no ato do desligamento, ou questionando profissionais da área de recursos humanos, colegas de trabalho ou mesmo a chefia. “Nem sempre ele vai conseguir essas respostas�, explica. Neste caso, diz, é interessante que o profissional faça uma autoanálise e refaça os passos profissionais.

Bárbara ressalta que, atualmente, o número de vagas no mercado de trabalho é abundante. “Existem vagas em diferentes áreas�, afirma. Entretanto, ressalta, este fator não é sinal de que o profissional deva sair entregando currículo em diversas áreas. Continuar focado em sua área de atuação é honesto tanto para com suas predileções e habilidades quanto para com o futuro empregador. “A pessoa evita sentir-se frustrada em pouco tempo e, além disso, também existem empecilhos. As empresas exigem o mínimo de experiência�, conclui.

Por isso, o momento exige dedicação e foco. Ampliar conhecimentos com novos cursos de capacitação profissional e treinamentos são maneiras de não esmorecer e continuar ativo na vida profissional. Outro ponto é buscar ajuda de pessoas que estejam trabalhando , já que isso colocará o profissional mais próximo às oportunidades de emprego. “O networking é fundamental. A indicação vale muito�, explica

EMPRESA

Bárbara afirma que, em função da carência de mão de obra, empresas não têm demitido com facilidade. Em picos de crises sazonais, por exemplo, muitas empresas preferem manter o empregado para não passar dificuldades futuras de contratação. O que ocorre em muitas demissões, explica, é que o profissional toma atitudes frequentes provocando a própria demissão.

De qualquer forma, Bárbara conta que as empresas costumam demonstrar insatisfações com o profissional antes de demiti-lo. “A empresa para de fornecer feedback, por exemplo�, afirma.

Por Karina Ribeiro - O Popular