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Cinquentões ganham espaço no mercado de trabalho, que começa a rever conceitos

Parte das empresas passa a apostar na interação de gerações. Pesquisa diz que, em 2040, 57% dos trabalhadores terão 45 anos ou mais

Surpresa. Um estudo da PriceWaterhouse Coopers e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que, em 2040, 57% da força de trabalho brasileira será composta por profissionais com mais de 45 anos. No Brasil, em 2012, os trabalhadores com idade a partir de 40 anos representavam 34,85% da mão de obra ativa, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Os dados mostram que os profissionais mais maduros têm, sim, lugar no mercado de trabalho. Apesar do fantasma que assombra os que estão nessa faixa etária e de as empresas estarem numa constante busca por novos talentos, cresce a percepção, dizem especialistas, que unir o conhecimento dos mais velhos com o potencial e a vontade dos mais jovens é uma excelente fórmula para o desenvolvimento da companhia.

— Profissionais de maior idade trazem uma bagagem de conhecimentos imensurável, e não estão atrás de quantidade de empregos que possam destacar na carteira profissional. O que importa para eles é a qualidade do serviço, o respeito pela equipe de trabalho e, principalmente, sua valorização no ambiente — afirma Elisângela Silva, consultora em RH da Luandre Soluções em Recursos Humanos, que há quatro anos seleciona trabalhadores para vagas que não limitam idade.

Em entrevista à TV americana CNBC, o bilionário mexicano Carlos Slim disse que a tecnologia gerou um ambiente de negócios em que o conhecimento é mais importante que a força física, o que beneficia os profissionais mais experientes.

— A busca por profissionais mais experientes vem acontecendo, em especial, para posições que exigem mais conhecimentos e vivências profissionais. Há organizações que contratam este perfil de profissionais com foco na transferência do aprendizado e do conhecimento — afirma Ylana Miller, sócia-diretora da Yluminarh e professora do Ibmec.

Os motivos que levam a esta nova onda são vários, desde a falta de talentos para postos que requerem conhecimento específico até a própria mudança na curva demográfica do Brasil. Fátima Mangueira, diretora da Mira Recursos Humanos, ressalta que justamente a falta de talentos nos níveis mais altos de gestão está levando cada vez mais empresas a optarem pela contratação desses profissionais, já que eles são conhecidos como gestores mais experientes:

— Nota-se um misto de experiência e maturidade destes, que, interagindo com a geração Y, tornam-se importantes para o mundo de negócios. Essa interação entre gerações é importante para todas as partes. Cria um ambiente desafiador e estimulante para as empresas e para os profissionais, não importa a idade.
Para a gerente de desenvolvimento organizacional da Luandre, Flávia Garbo, um fator que contribui para que haja um maior interesse de profissionais maduros é que os representantes das novas gerações parecem ter uma tendência mais imediatista, além de uma ambição de curto prazo, que nem sempre as empresas conseguem atender. Em contrapartida, profissionais mais experientes, além de já trazerem consigo um considerável capital intelectual que minimiza os investimentos iniciais com desenvolvimento, tendem a criar vínculos com as instituições e a se comprometerem mais com os resultados coletivos.

— Num momento em que se valoriza tanto a busca de resultados, comprometimento e informação, as empresas começam a rever o conceito de que quem tem mais de 50 está obsoleto — diz Flávia. interação entre gerações

Além do comprometimento e qualificação, maturidade na gestão de conflitos, movimento estratégico no sentido de aproveitar melhor as potencialidades do grupo, as práticas da organização são algumas competências que se destacam nesses profissionais. E são valorizadas pelos empregadores, explicam as consultoras.

Apesar de estar em ascensão, a tendência ainda não é majoritária. Pesquisa da revista Melhor – Gestão de Pessoas, feita no primeiro semestre deste ano, indica que 63% das empresas entrevistadas ainda não percebem os profissionais mais velhos como opção para a escassez de talentos.

— Acreditamos que há espaço para todos no mercado, o importante é ter clareza do tipo de profissional que agregará à empresa, não apenas baseando-se no perfil, mas também tendo a sensibilidade de observar o contexto, a cultura e o momento que a organização está passando — acrescenta Flávia.

Segundo Ylana, a contratação de profissionais seniores vem acontecendo cada vez mais nas organizações focadas em projetos e gestão do conhecimento. Entre as áreas onde há mais espaço para eles estão tecnologia e engenharia, mas a oferta está aquecida também em bancos, supermercados, indústrias, empresas de serviços, telemarketing e varejo.

O mais importante, segundo a diretora da Yluminarh, é que os profissionais seniores não se sintam ameaçados ou com receio de perder seu lugar no mercado. E que as empresas e profissionais de RH estimulem e promovam a troca entre profissionais de gerações diferentes, valorizando a diversidade, interação e complementariedade:

— O papel deles é muito importante na transferência do conhecimento e na preparação da nova geração. A construção de uma relação profissional saudável dependerá de todos os envolvidos. O melhor de cada um deve ser aproveitado.

— Precisamos que diferentes gerações trabalhem em conjunto, dividam informações onde um aprende com o outro. Possivelmente o jovem terá uma visão de “pé no chãoâ€, tendo mais comprometimento, responsabilidade no ambiente profissional. Já o de maior idade precisa entender que as novas gerações buscam aprimoramento profissional — cursos técnicos, idiomas e faculdade —, e quem sabe isso incentive e demonstre que a vida não para — completa Elisângela.

A questão também merece destaque de Fátima, da Mira Recursos Humanos — ela não vê a idade como um fator que atrapalhe o ingresso no mercado ou o desenvolvimento de carreira desses profissionais, mas sim a falta de atualização:

— Alguns ainda encontram resistência em usar as diversas ferramentas de informática e as redes sociais, elementos fundamentais para o momento em que vivemos.

Por Ione Luques - O Globo



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