Sob impacto da aceleração, ainda que modesta, dos preços de alimentos e do grupo transportes, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) ficou mais pressionado em setembro e subiu 0,35%, segundo dados divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta-feira.
Em agosto, o índice, que mede a inflação oficial do país, havia registrado alta de 0,24% -- acima da taxa de 0,03% em julho.
O resultado de setembro ficou dentro das expectativas de mercado. A maioria das previsões de bancos e consultorias apontava para um índice entre 0,30% e 0,35%.
Com o dado de setembro, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,86% --abaixo do limite do teto da meta do governo para 2013, de 6,5%. É a primeira vez no ano que o índice acumulado fica abaixo de 6%. Até agosto, o indicador estava em 6,09%.
Em setembro, o grupo alimentação registrou alta de 0,14%. Já o de transportes apresentou variação positiva de 0,44%. São os dois de maior peso no IPCA. Os dois grupos também concentram as atenções de analistas e do governo. O cumprimento ou não da meta de inflação depende deles.
De um lado, há uma previsão de que a fase de altas moderadas dos alimentos está perto do fim e é prevista uma aceleração nos meses finais do ano. Outra incógnita é em relação ao reajuste dos combustíveis, que o governo tenta, a todo custo, segurar para evitar uma maior pressão sobre a inflação.
A Petrobras pleiteia quase que diariamente um reajuste a fim de recompor seu caixa e fazer frente aos pesados investimentos, ainda mais após o leilão do pré-sal marcado para o dia 21.
Por Pedro Soares - Folha de S.Paulo
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