Numa reação ao plano do partido de Dilma Rousseff de defender no Dia Nacional de Luta a bandeira de reforma polÃtica da presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou que, “se o PT insistir em ‘enxertar’ essa história de plebiscito na manifestação de quinta-feira, a Força Sindical levantará a bandeira do ‘Fora Dilma’â€. “Nossa manifestação é pela redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, reajuste para os aposentados e mais investimentos em saúde e educaçãoâ€, disse Paulinho.
A Executiva Nacional do PT aprovou na quinta-feira passada uma resolução na qual convoca seus militantes a assumirem “decididamente†as manifestações no Dia Nacional de Luta, com greves e atos em defesa das reivindicações trabalhistas e da reforma polÃtica, com plebiscito. “Não podemos permitir que o PT utilize a Força Sindical e outras centrais sindicais como correia de transmissão do que pensa o partidoâ€, disse o deputado do PDT, que vive em rota de colisão com Dilma e pretende criar um novo partido, para a disputa de 2014.
“O que Rui Falcão está tentando fazer é uma apropriação indébita da pauta dos trabalhadores. Vamos deixar bem claro: o plebiscito não está na pauta do ato das centrais sindicais, no dia 11â€, emendou, numa referência ao presidente do PT.
Procurado, Falcão não quis comentar o assunto. Além de cartazes com “Fora Dilmaâ€, o deputado disse que não se surpreenderá com faixas pedindo “Volta Lulaâ€. Embora o PT tenha baixado ordem para abafar esse coro, há no partido quem continue pregando a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2014, em substituição a Dilma.
“Se precisarâ€
“Lula não quer voltar, mas, se precisar, voltaâ€, afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos que defendem o retorno do ex-presidente. Devanir foi o deputado que apresentou a proposta fracassada de terceiro mandato para Lula. Na semana passada, Falcão disse que a CUT e outras cinco centrais sindicais estavam unidas na organização do Dia Nacional de Luta. Afirmou, ainda, que PT, PDT e PC do B programaram reunião para o dia 12 com as centrais, CNBB, OAB, UNE e MST, com o objetivo de debater pontos da reforma.
“Eu acho que Paulinho está sendo oportunistaâ€, reagiu o deputado André Vargas (PT-PR). “A mudança nas regras de financiamento eleitoral vai servir para democratizar a participação de trabalhadores na polÃtica, por exemplo.†Para ele, o deputado foi “contaminado†pelas recentes manifestações, que rejeitaram a participação de partidos em passeatas. “Essa postura é até compreensÃvel para um adolescente, mas não para alguém que pretende presidir um partidoâ€, provocou.
A presidente Dilma enviou ao Congresso proposta de cinco pontos que devem ser submetidos a consulta popular para a reforma polÃtica. Na lista estão o financiamento de campanha, a definição do sistema eleitoral, o fim das coligações proporcionais e do voto secreto no Parlamento, além do fim da suplência para senador.
Fonte: O Popular
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