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Anfavea prevê produção 10% menor

Pior volume de produção em 29 meses, queda de dois dígitos nas vendas, estoques ainda acima do normal e eliminação de vagas de trabalho. O cenário exposto pelos números divulgados ontem pela indústria de veículos confirmou o aprofundamento da crise no setor, levando a Anfavea, a entidade que abriga as montadoras instaladas no país, a reverter expectativas antes positivas sobre o desempenho no ano.

As estimativas agora apontam para queda de 5,4% nas vendas e de 10% na produção. No início do ano, a Anfavea esperava fechar 2014 com crescimento de 1,1% nos emplacamentos, enquanto a meta para a produção era de alta de 1,4%. Junto com esses números, a entidade informou que as exportações de veículos produzidos no Brasil devem cair 29,1% em 2014.

Depois do recorde de vendas no primeiro bimestre, o mercado vem, desde março, registrando números cada vez mais fracos. Mas a Anfavea, antes de anunciar suas novas previsões, preferiu esperar a confirmação de que os atuais descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) serão mantidos até o fim do ano, assim como a definição sobre o acordo automotivo entre Brasil e Argentina.

Embora sejam negativas, as projeções da entidade partem da premissa de que o setor vai iniciar uma reação no segundo semestre, ainda que num ritmo insuficiente para "salvar" o resultado final do ano. Os cálculos apontam para crescimento de 14,3% das vendas e de 13,2% da produção na segunda metade de 2014, comparativamente aos volumes acumulados nos seis primeiros meses.

Além do fator sazonal - historicamente, o segundo semestre é mais aquecido -, essas previsões se sustentam, principalmente, num calendário comercial mais favorável. Sem as paradas em jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo e com menor número de feriados, o segundo semestre, diz a entidade, terá oito dias a mais de venda em relação ao primeiro.

"Cerca de 50% desse crescimento virá do fato de termos mais dias úteis", disse Luiz Moan, presidente da Anfavea, durante entrevista coletiva a jornalistas para apresentar os resultados de junho. No mês passado, como esperado, o início da Copa do Mundo - reduzindo o fluxo de consumidores nas concessionárias, assim como o horário ou dias de funcionamento das lojas - afetou as vendas de veículos, que ficaram 17,3% abaixo do volume de junho de 2013. Com isso, a queda dos licenciamentos no acumulado do ano, que estava em 5,5% em maio, subiu para 7,6% no fechamento de junho.

Da mesma forma, a produção de veículos caiu 33,3% em relação ao volume de um ano antes, somando 215,9 mil unidades em junho - volume mais baixo desde janeiro de 2012, quando 210,6 mil veículos saíram das fábricas. Enquanto algumas montadoras deram férias coletivas, outras concederam folga a operários nos dias de jogos da seleção brasileira, entre as medidas para adequar a produção a um mercado menor. No primeiro semestre, a indústria nacional de veículos produziu 16,8% menos do que em igual período de 2013.

Mesmo assim, as montadoras ainda não conseguiram normalizar os estoques, cujo nível é suficiente para 45 dias de venda, acima dos 41 dias de um mês atrás.

Moan disse ontem que as perspectivas seriam ainda mais negativas se o governo tivesse retomado, como estava previsto, a cobrança das alíquotas cheias do IPI dos automóveis neste mês. Nesse caso, estimou, a queda nas vendas em 2014 poderia chegar em 10%, o dobro da nova projeção.

Questionado sobre as contrapartidas oferecidas pelas montadoras para convencer o governo a segurar as alíquotas do IPI, Moan disse que o setor mantém o compromisso de manutenção dos empregos, firmado em maio de 2012, quando o tributo foi reduzido para estimular as vendas. Mas isso, segundo ele, não impede as empresas de reduzir excessos de mão de obra via programas de demissão voluntária ou não renovando os contratos temporários.

Desde janeiro, 5,5 mil postos de trabalho já foram eliminados em montadoras brasileiras. Tal número levanta um debate sobre mecanismos mais flexíveis e menos onerosos de proteção ao emprego, como o uso do seguro-desemprego para bancar parte das horas não trabalhadas em tempos de crise.

Nos moldes do sistema de proteção alemão, a proposta, defendida por montadoras e fabricantes de autopeças, também tem a simpatia de boa parte das entidades sindicais. "As medidas adotadas até agora, como a redução do IPI, são paliativas e não atacam o problema", afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical, ao comentar as demissões no setor. Segundo ele, os cortes em toda cadeia automobilística, incluindo fábricas de autopeças, já chega perto de 10 mil vagas neste ano.

Por Eduardo Laguna - Valor

Fonte: Força Sindical



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