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26/03/2015 | Notícias
BC prevê contração de 0,5% na economia e inflação de 7,9% este ano, bem acima da meta
Autoridade monetária melhorou projeções para 2016, indicando que juros devem continuar a subir

O Banco Central abandonou de vez a ideia de uma recuperação da economia brasileira neste ano. A autarquia prevê agora uma retração da atividade de 0,5%. A informação foi dada no relatório trimestral de inflação, publicado na manhã desta quinta-feira. No documento, a autoridade monetária também revisou a projeção para a inflação oficial (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) de 6% para 7,9% em 2015, pela primeira vez acima da meta. No entanto, melhorou a expectativa para o ano que vem. Mesmo assim, a autarquia indicou que os juros devem continuar a subir.

“A propósito, o Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido. Para o Comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à inflação — a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo — ainda não se mostram suficientes”, disse o relatório.

A previsão da autoridade para a inflação no ano que vem caiu levemente. Passou de 5% para 4,9% e se aproximou do centro da meta. Ela foi calculada no chamado “cenário de referência” do BC, ou seja, os técnicos usam o câmbio e a taxa básica da época para fazer as contas. Isso significa que se os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) continuarem a aumentar os juros, a previsão muda.

As mudanças apresentadas hoje mostram que as estimativas da autarquia estão mais próximas da realidade. Os analistas do mercado financeiro apostam em retração de 0,83% neste ano. E esperam que o IPCA fiquem em 8,12%. Nos últimos 12 meses, por exemplo, o índice está em nada menos que 7,7%.

DÓLAR ALTO DEVE ELEVAR INVESTIMENTOS

A meta do que o BC deveria alcançar é deixar a inflação em 4,5%. No entanto, há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Nos últimos anos, o IPCA esteve acomodado nesse intervalo. Agora, promete estourar o teto de 6,5%. Se isso ocorrer, o presidente do BC tem que mandar uma carta pública ao ministro da Fazenda para explicar os motivos da sua falha na missão.

Para o Copom, probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta é de nada menos que 90% neste ano. Já em2016, é de 12%.

Desde setembro do ano passado, o BC passou a admitir que não conseguirá conduzir a inflação para a meta em 2015. E isso só ocorrerá nos primeiros trimestres de 2016. A avaliação interna é deixar todos os grandes impactos — como o aumento das tarifas públicas — ocorrerem agora para então tentar a resgatar a credibilidade no ano que vem.

Segundo o relatório, a projeção para a alta dos chamados preços administrados (as tarifas públicas) é de 11% neste ano. Aumentou em relação à expectativa da ata da última reunião do Copom de 10,7%.

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E o Banco Central tem dado sinais de que estaria disposto a elevar ainda mais a taxa básica (Selic), que já está em 12,75% ao ano. Desde que voltou a apertar a política monetária logo após as eleições, os juros básicos subiram 1,75 ponto percentual. É assim que o BC tenta controlar a inflação, torna o custo do dinheiro mais caro para desestimular o consumo e evitar uma alta de preços na economia.

Por isso, o Banco Central afirma que o consumo mais fraco neste ano deve ajudar o combate à inflação porque crescerá menos do que o potencial da economia brasileira. Quando a demanda está mais acelerada que a capacidade de uma economia crescer, o resultado é aumento de preços. Para melhorar o quadro, o Copom espera que os investimentos aumentem.

Nesse ponto, o dólar alto deve ajudar. Ele incentiva a cambaleante indústria brasileira voltar a investir para exportar. E ainda inibe gastos dos brasileiros no exterior e com importações. Isso ajusta naturalmente as contas externas que estão há anos no vermelho.

Por Gabriela Valente - O Globo

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