Comissão esteve na sede da montadora, nos EUA, na semana passada, tentando convencer a empresa de que encerrar produção de caminhões no Brasil é um erro.
No encontro, realizado na última quinta-feira (7), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC disse ter tentado convencer a empresa de que a decisão de encerrar a produção de caminhões no país, restrita àquela unidade, seria um erro.
Apresentamos vários argumentos para a manutenção da planta. Reforçamos a versatilidade da mão de obra, já que, pelo acordo feito com o sindicato, aqui estão os únicos trabalhadores em montadoras que atuam tanto na linha de automóveis como na de caminhões, afirmou José Quixabeira de Anchieta, o Paraíba.
Destacamos também o quanto nossa fábrica é moderna, nosso nível de automação, e também lembramos o impacto social que representaria o fechamento. Mas a resposta foi que a empresa não recuaria da decisão, disse ele.
3 interessados na fábrica
Ainda segundo Anchieta, a direção global da Ford confirmou que 3 grupos estão interessados na compra da fábrica, o que já tinha sido informado pelo governador de São Paulo, João Doria.
Com esse posicionamento, deixamos claro que temos de estar presentes na mesa de negociação. A partir de agora estamos em luta pela manutenção dos empregos nesta planta. Não importa quem é o patrão. O patrão vai, mas os empregos ficam, afirmou o presidente do sindicato, Wagner Santana.
A entidade se recusou a comentar o resultado da reunião até a assembleia com os trabalhadores, ocorrida na manhã desta terça (12).
Eles decidiram pela manutenção da greve iniciada no último dia 19, quando o fechamento foi anunciado pela Ford, até a próxima quinta (14), em que realização uma nova assembleia.