Metalúrgicos da Volvo dão o recado, “não vamos aceitar cortar direitos para garantir emprego”
Mobilizados em porta de fábrica ontem (29) de manhã, os metalúrgicos da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) deram o recado para a montadora, “não vamos aceitar cortar direitos para garantir emprego”. O encaminhamento aprovado em assembleia liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) é uma reposta a tentativa da Volvo em extinguir a reposição da inflação na data-base de 2016. A atitude da empresa segue a linha patronal de que a solução para o país sair da crise é através da flexibilização dos direitos trabalhistas, conquistados com muitas décadas de luta.
O SMC, por sua vez, alerta de que existem alternativas para a retomada econômica do país sem precisar “sacrificar” a classe trabalhadora.
“A fórmula para o Brasil sair da crise é acabar com os juros, aumentar o acesso ao crédito e fortalecer os direitos da população. Tirar direitos não tem efeito nenhum sobre a geração de empregos. Querer resolver a crise, estrangulando ainda mais o trabalhador com corte de direitos e salários é dar o tiro de misericórdia no futuro econômico do país.”, sinalizou presidente do SMC, Sérgio Butka.
Ele ainda complementa, “esse é o caminho que propomos não só para a Volvo, mas também para o Brasil. É possível retomar a economia sem atingir direitos. Basta querer”.
Esta linha de luta aprovada em porta de fábrica será levada agora pelo Sindicato para a mesa de negociação.
A fábrica da Volvo emprega cerca de 3.100 trabalhadores (desses, 1.800 são chão de fábrica), e produz caminhões leves, pesados e ônibus para todo o mercado latino americano.
Mobilizados em porta de fábrica ontem (29) de manhã, os metalúrgicos da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) deram o recado para a montadora, “não vamos aceitar cortar direitos para garantir emprego”.
