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05/12/2018 | Notícias
No Brasil, 10% mais ricos ganham cerca de 17,6 vezes mais que os 40% mais pobres, aponta IBGE

Enquanto rendimento médio mensal dos mais ricos em 2017 foi de R$ 6.629, para os mais pobres foi de R$ 376. Grupo dos 10% mais ricos concentram 43,1% da renda do país.

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidencia o quanto permanece desigual a distribuição de renda no Brasil. Na média nacional, os mais ricos chegam a receber 17,6 vezes mais que os mais pobres. Na divisão por capitais, essa diferença chega a 34,3 vezes (marca registrada por Salvador).

Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal (incluindo, além da renda proveniente do trabalho, os rendimentos de aposentadoria, pensão, aluguel, programas sociais etc) per capita domiciliar em 2017 foi de R$ 6.629 para a parcela que representa os 10% dos brasileiros mais ricos. Já entre a parcela dos 40% mais pobres, o rendimento médio foi de apenas R$ 376.

A Região Nordeste é que apresenta a maior desigualdade nesta comparação. Nos estados nordestinos, os 10% mais ricos ganhavam cerca de 20,6 vezes mais que os 40% mais pobres no ano passado.

Em seguida, vem a Região Norte, com uma diferença de 18,4 vezes, o Centro-Oeste, com uma diferença de 16,3 vezes, o Sudeste, com 11,4 vezes. A menor desigualdade foi observada na Região Sul, onde os mais ricos ganhavam cerca de 11,4 vezes mais que os mais pobres.

Por estados e capitais

 

A desigualdade se amplia ainda mais quando se diminuiu o recorte territorial. Ao se analisar as 27 unidades da federação, o Amazonas tem os 10% mais ricos com rendimentos 30,1 vezes maiores que os 40% mais pobres. Já Santa Catarina tem a menor desigualde, sendo a diferença de rendimento entre estes dois grupos de 8,6 vezes.

Já na análise das capitais, observa-se que a diferença chega a 34,3 vezes em Salvador, a maior do país. Lá, enquanto os 10% mais ricos tiveram rendimento médio de R$ 8.895, o dos 40% mais pobres foi de R$ 280.

A menor desigualdade entre as capitais foi observada em Florianópolis, onde os mais ricos ganhavam em média R$ 9.180, o que representa 8,6 vezes mais que os mais pobres, cujo rendimento médio foi de R$ 880.

Mais ricos concentram 43,1% da massa de rendimento

 

Segundo o levantamento divulgado pelo IBGE, em 2017 o grupo dos 10% com os maiores rendimentos concentrava 43,1% de toda a massa rendimento, que é a soma de toda a renda do país. Já o grupo dos 40% com os menores rendimentos detiveram apenas 12,3% da massa.

Em 2016, o grupo mais rico concentrava 42,9% da massa de rendimento, enquanto o mais pobre detinha 12,4%. A variação não é muito expressiva, mas a gente está analisando só dois anos, ponderou o pesquisador Leonardo Athias.

Considerando a diferença da massa de rendimento, há regiões em que a parcela dos 10% mais ricos detinha cerca de 5,5 vezes mais que os 40% mais pobres.

Isso mostra que você tem uma estrutura de renda muito concentrada numa parcela pequena da população, o que é um problema grave. Pelos estudos globais [essa desigualdade na concentração de renda] atrapalha outros aspectos da vida: gera altos níveis de violência, o foco das decisões [governamentais] é em curto prazo, promove insegurança alimentar, falta de investimento em capital humano, problemas na saúde, em saneamento..., ressaltou Athias.

Índice de Palma

 

A partir da análise da concentração da massa de rendimento se chega ao Índice de Palma, indicador que apresenta a razão do rendimento apropriado pelo décimo mais rico em comparação com os quatro décimos mais pobres do país.

O Índice de Palma no Brasil em 2017 ficou em 3,51. Isso significa que os 10% mais ricos tinham massa de rendimento cerca de 3,5 vezes maior que os dos 40% mais pobres. Em 2016, esse índice era de 3,47.

“A desigualdade é um fenômeno muito arraigado no país. Tem uma indicação de aumento [da desigualdade com base no Índice de Palma], mas não é grande na passagem de 2016 para 2017”, apontou o analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Leonardo Athias.

A análise regional do indicador permite perceber que a região Sul é a com a menor desigualdade na concentração de renda, tendo Índice de Palma de 2,79 em 2017. Dentre as demais regiões, o índice variou entre 3,32 no Sudeste e 3,85 no Nordeste, a mais desigual. O Norte ficou com índice próximo ao nacional, de 3,52. Já o índice do Centro-Oeste ficou em 3,68.

 

DF lidera desigualdade nos estados

 

Ao se observar o indicador de cada estado a desigualdade na concentração da massa de rendamento se amplia ainda mais. Dentre as 27 Unidades da Federação, 13 tiveram índice de Palma abaixo da média nacional, enquanto 13 ficaram acima. Roraima foi o único estado com índice igual ao do país, de 3,51.

Santa Catarina desponta como o estado com a menor diferença na concentração de renda. Lá, os 10% mais ricos tinham rendimento médio cerca de 2,1 vezes maior que dos 40% mais pobres. Já o Distrito Federal liderava o ranking de desigualdade, tendo os 10% mais ricos rendimentos cerca de 5,5 vezes maior que dos 40% mais pobres.

Rendimento médio per capita

 

Em 2017, o rendimento médio per capita no Brasil foi de R$ 1.511 mensais. As regiões Nordeste e Norte apresentavam os menores rendimentos médios – respectivamente de R$ 984 e R$ 1.011 – enquanto o Sul, o maior, de R$ 1.788. Sudeste e Centro-Oeste tiveram rendimentos médios equivalentes, de R$ 1.773 e R$ 1.776, respectivamente.

Entre os estados, porém, a diferença do rendimento médio per capita é maior que entre as regiões. No Maranhão, por exemplo, ele foi de R$ 710, mais que quatro vezes menor que o observado no Distrito Federal, que foi de R$ 3.087.

O IBGE destacou que há contrastes regionais quanto a origem dos rendimentos. Para o Brasil, 73,8% do rendimento médio era proveniente do trabalho, 19,4% de aposentadorias ou pensões e 6,9% de outras fontes como aluguel, doações e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Na análise regional, observa-se que o Centro-Oeste concentrava a maior parte do rendimento médio proveniente do trabalho. Já o Nordeste apresentava o maior percentual de rendimento originado de outras fontes e de aposentadorias e pensões.

Veja abaixo como era a origem da fonte do rendimento médio de cada região em 2017:

 

  • Brasil: 73,8% de trabalho, 19,4% de aposentadoria e pensão e 6,9% de outras fontes
  • Norte: 77,1% de trabalho, 15% de aposentadoria e pensão e 7,8% de outras fontes
  • Nordeste: 67,4% de trabalho, 23,8% de aposentadoria e pensão e 8,8% de outras fontes
  • Sudeste: 75% de trabalho, 18,6% de aposentadoria e pensão e 6,4% de outras fontes
  • Sul: 73,3% de trabalho, 20,4% de aposentadoria e pensão e 6,3% de outras fontes
  • Centro-Oeste: 77,8% de trabalho, 15,7% de aposentadoria e pensão e 6,5% de outras fontes

Por Daniel Silveira - G1



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