Após mais de três horas de discussão, os senadores resolveram nesta quarta-feira, 20 de maio, adiar a votação da medida provisória 665, que muda os critérios para o acesso ao seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. O acordo foi feito entre os líderes partidários na Casa e prevê que o texto seja votado apenas na próxima terça-feira, 26 de maio.
Enquanto isso, a estratégia das centrais sindicais é insistir na luta contra este verdadeiro retrocesso dos direitos trabalhistas no país, proposto pela Presidente Dilma Rousseff sob o pretexto de cortar gastos da máquina pública. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Silvio Campos, disse que se arrependeu de ter apoiado a reeleição de Dilma. “Me senti traído” desabafa.
Silvio – que chegou a paralisar a Via Dutra em manifestação contrária à MP 665 – afirma que a estratégia agora é articular com os senadores de seu próprio Estado. “Já convoquei uma reunião com os senadores Romário, Crivela e Lindberg para votarem contra essa injustiça” diz. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, Carlos Albino, afirma que o momento é de união entre os sindicatos, já que o apoio da mídia é praticamente inexistente. “A Rede Globo não vai mostrar a nossa luta. Vamos pressionar o congresso, fazer assembleias, comitês, montar carros de som em Brasília durante a votação” afirma.
O membro diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Pedro Celso, também paralisou rodovias no Paraná e segue na estratégia de convencer os senadores do Estado a votarem contra a medida. Já Rafael Guerra, que é diretor da United Auto Workers, nos Estados Unidos, admira a união do sindicalismo brasileiro. “É importante que os sindicatos tragam o trabalhador, suas famílias e a comunidade para mais perto e não permitam que leis como essa sejam aprovadas” afirma.
Por Imprensa SindMetal-GO
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